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Letônia e Suécia: países europeus que não interromperam as Missas públicas

Entre as condições aceitas para não interromper o culto público se incluiu estabelecer um limite de 25 pessoas nos templos e celebrar os funerais ao ar livre.

Letônia e Suécia países europeus que não interromperam as Missas públicas

Redação (06/05/2020 10:00, Gaudium Press) Em meio a um panorama universal da Igreja caracterizado por fortes medidas de prevenção do contágio do novo coronavírus, dois países europeus apresentam a inusual característica de não ter deixado em nenhum momento de celebrar Missas públicas. Trata-se da Letônia e da Suécia, os quais chegaram por vias distintas a uma situação que é considerada invejável por fiéis em muitos lugares.

Missas públicas são essenciais

Para Letônia, a preservação das Missas públicas é uma autêntica conquista do diálogo das autoridades eclesiásticas com as autoridades civis. “Conseguimos convencer ao Estado a este respeito de que o alimento espiritual não é menos importante que o físico”, explicou o Arcebispo de Riga, Dom Zbignevs Stankevics. O prelado expôs que as celebrações continuaram com a condição de aplicar certas medidas de prevenção do contágio.

(Leia também: Católicos devem expressar seu descontentamento pela não reabertura dos templos)

Entre as condições aceitas para não interromper o culto público se incluiu estabelecer um limite de 25 pessoas nos templos e celebrar os funerais ao ar livre. No caso dos casamentos se permitiu a celebração com portas fechadas, com a presença unicamente do sacerdote os cônjuges e duas testemunhas. “Portanto, na Letônia, todos os sacramentos se celebram limitando somente o número de participantes tanto quanto seja possível”, informou Dom Stankevics.

Dom Zbignevs Stankevics

Um caminho distinto

O caso da Suécia é particular, não somente para a Igreja, mas para o comum da sociedade, já que o país decidiu não implementar nenhuma política de isolamento social obrigatório. Os templos, escolas e estabelecimentos permaneceram abertos enquanto se pediu aos cidadãos decidir livremente suas medidas de prevenção. O país reporta 1540 falecimentos por causa do coronavírus. Esta cifra é relativamente alta para a região, mas baixa em comparação com países como Itália ou Espanha.

(Leia também: Já está na hora de reabrir os templos, afirma Superior Claretiano das Filipinas)

O propósito desta estratégia é conseguir uma imunidade da população obtida naturalmente, quer dizer, permitir que se produza o contágio. Quando um número elevado de cidadãos se recuperar da enfermidade, se produzirá uma redução natural da pandemia que permitirá superar definitivamente a contingência.

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Nem só de pão vive o homem

Ainda que a Letônia não tenha abordado deste modo a situação atual, a Igreja Católica conseguiu convencer da convivência de manter as Missas públicas. “Explicamos que este tipo de posição reduziria as tensões sociais. Ultimamente os psiquiatras assinalaram uma piora dos problemas mentais devido as restrições”, indicou o Arcebispo de Riga. “A Igreja ajuda a sociedade a manter sua saúde psicológica e mental em tempos de crise. Conseguimos convencer o Estado a este respeito de que o alimento espiritual não é menos importante que o alimento físico: o homem não vive só de pão”. (EPC)

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