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Por que Imaculada Conceição de Maria?

Hoje Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Maria Santíssima foi concebida sem pecado original. Esta devoção foi definida como dogma em 1854 por Pio IX. Não basta que todas as criaturas deste mundo, as do Céu e as do Purgatório Lhe prestem homenagem: importa que o inimigo esteja esmagado sob seu calcanhar.

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Redação (08/12/2020 08:31, Gaudium Press) Em função do papel único na ordem do universo, como espelho cristalino das perfeições divinas, Nossa Senhora foi especialmente privilegiada, pois sobre Ela recaiu um amor superior ao dedicado por Deus a todos os Anjos e homens.

Segundo São Tomás de Aquino, o Pai ama todas as suas criaturas, mas não da mesma forma: algumas são mais amadas que outras. Tal afirmação choca os espíritos contagiados pelos miasmas de igualitarismo que emanam dos falsos ideais do mundo revolucionário.

Todavia, o Evangelho de São Mateus (cf. Mt 20, 1-16), mostra o quanto Deus é bom para com todos, concedendo-lhes “o justo salário” (Mt 20, 4), mas também como, por livre vontade, a alguns Ele favorece mais que a outros. Na narrativa, esse fato causa indignação àqueles que se consideram injustiçados ao ganhar o que lhes cabe: “Os últimos só trabalharam uma hora… e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor” (Mt 20, 12). O pai de família, porém, responde: “Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?” (Mt 20, 13-15).

Pois bem, a criatura que recebeu da mão dadivosa de Deus o mais alto “salário” foi Nossa Senhora, privilegiada como nenhuma outra ao ser preservada do contágio da mancha original e cumulada da plenitude de graças na sua Imaculada Conceição.

Quis a Trindade aplicar a Ela do modo mais glorioso os méritos da Paixão de Cristo, antes mesmo que esta se realizasse no tempo. Nesse sentido, a Virgem das virgens refulge como a maior vitória de seu Divino Filho: graças à santidade puríssima de Maria os homens conhecem toda a força redentora de seu Preciosíssimo Sangue! Com muita categoria, nobreza e distinção, proclamou de modo infalível Pio IX, ao definir o dogma da Imaculada Conceição.

Com efeito, desde o casto seio de Sant’Ana, Nossa Senhora possuía uma beleza de alma insuperável, que comprazia a Deus mais que os fulgores sobrenaturais de todos os Anjos e Santos reunidos. E a graça da qual sua alma estava plena produzia efeitos sobre o corpo.

O que deveria ser um suspiro de Maria? Ou um benévolo aceno de cabeça feito por Ela? Ou ainda qualquer pequeno gesto seu? Se um pobre pecador obtivesse a incomensurável dádiva de vê-La, imediatamente se arrependeria de todas as suas faltas, por piores que fossem. E se um justo A encontrasse, quereria mais e mais a Deus, almejaria mais e mais a santidade. Esses e muitos outros favores recebeu Nossa Senhora em sua Imaculada Conceição.

Neste dia em que comemoramos a festa da Imaculada Conceição de Maria, peçamos a Deus uma nova visão e uma nova capacidade de amar as maravilhas que o Onipotente realizou no Coração da Rainha de todas as grandezas.

Portanto, uma perfeita consideração do esplendor de Nossa Senhora envolve a ideia do demônio estraçalhado e humilhado por Ela.

Essa vitória sobre Satanás resulta em particular brilho na celestial beleza da Imaculada Conceição.

Texto extraído, com adaptações, do livro Maria Santíssima! O Paraíso de Deus revelado aos homens de autoria de Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP. 

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