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Cardeal Dziwisz recorda primeira visita de João Paulo II à Polônia

Cidade do Vaticano (Terça, 02-06-2009, Gaudium Press) O jornal italiano católico “Avvenire” publicou neste domingo entrevista do cardeal polonês Stanislaw Dziwisz feita por dois jornalistas poloneses da KAI (Agência católica de imprensa da Polônia), Marcin Przeciszewski e Tomasz Królak, em ocasião do 30° aniversário da primeira visita de João Paulo II à Polônia.

Durante a conversa, o cardeal falou sobre o papel de João Paulo II na queda do sistema comunista no Leste Europeu. O cardeal contou que tinha na época muita confiança de que o Papa Wojtyla pudesse visitar a sua pátria, visto que, de fato, não era fácil por causa do período de estado de guerra instaurado em dezembro de 1981 pelo general Jaruzelski na Polônia.

Na entrevista, o cardeal declarou: “desde o momento de sua eleição ao trono de Pedro, foi imperativo para ele fazer o possível para vir à Polônia para celebrar o aniversário. Era como um dever moral para ele, mesmo tendo consciência de que não seria fácil de se realizar.”

“Hoje, sem dúvida, podemos dizer que sua primeira peregrinação à Polônia tenha sido a mais importante de todas as viagens papais, porque iniciou um processo de transformações incríveis a nível mundial. Tudo começou naqueles dias”, ressaltou o religioso.

“João Paulo II recusou sempre a doutrina do ‘compromisso histórico’ segundo a qual o Ocidente e também a Igreja deveriam ter considerado o marxismo como um elemento decisivo no desenvolvimento da história. Ele era a favor dos direitos da pessoa e da intocável dignidade do homem. O discurso em Gniezno marcou o início da derrubada da ‘cortina de ferro’, que então dividia a Europa. A queda do Muro começou ali e não em Berlim!”

Também respondendo sobre o possível fim do processo de beatificação de João Paulo II, ponderou: “Isso depende diretamente de Bento XVI. Parece-me que as coisas estão indo muito bem. O procedimento para o milagre já foi iniciado. E será decisivo o reconhecimento do heroísmo das virtudes de Karol Wojtyla. Esperamos que o diabo “não meta o rabo”.

 

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