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“Ninguém pode atravessar o mar deste século se não é levado pela cruz de Cristo”, diz meditação da Via Sacra

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 15-04-2010, Gaudium Press) A crentes e não crentes é que são dirigidas as próximas meditações da Via Sacra da Sexta-feira Santa no Coliseu, cuja preparação foi confiada pelo Santo Padre a uma monja italiana, Irmã Rita Piccione. Hoje, a Rádio Vaticana antecipou alguns trechos das meditações escritas para as estações.

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Palavras de Santo Agostinho inspiraram as meditações de Irmã Rita Piccione

As meditações de Irmã Rita partem das palavras de Santo Agostinho: “Vislumbramos a meta a ser alcançada, todavia, há no meio o mar deste século…veio…aquele a quem nós queríamos ir…e nos procurou a tábua com a qual atravessar o mar. Ninguém, de fato, pode atravessar o mar deste século, se não é levado pela cruz de Cristo”.

O percurso em direção ao Calvário é como “a hora da prova de nossa vida”, “quando as várias máscaras da mentira zombam da verdade e as lisonjas do sucesso sufocam o íntimo chamado à honestidade”, “quando o vazio de sentido e de valores anula a obra educativa e a desordem do coração desfigura a ingenuidade das crianças e dos fracos”. A hora de Cristo insinua “a tentação da fuga, o sentimento da consternação e da angústia”. A estes pensamentos responde a própria monja em suas meditações: “Não saias, volte a ti mesmo, é no teu homem interior que mora a verdade”.

O protagonista das meditações de Irmã Rita é o coração humano, frequentemente mesquinho, que se deixa “enganar pelas ilusões do pequeno interesse pessoal”. O coração de um homem moderno “tomado pela contabilidade do próprio bem estar” (II estação) e “cego na mão do pobre e do indefeso que mendiga que o escutem e pede ajuda”, e disse que as três quedas de Jesus sob o peso da cruz deixam ensinamentos.

No encontro entre Jesus e as mulheres de Jerusalém (VIII estação), a exortação é para reencontrar a capacidade de chorar sobre os próprios pecados, “reconhecer as feridas de nossas infidelidades e de nossas ambições, de nossas traições e de nossas rebeliões” e invocar a conversão. A penúltima estação da Via Sacra, a XiV, que apresenta a sepultura de Jesus, é um convite para aproximarmo-nos “não caminhando, mas crendo”, e “não com os passos do corpo, mas com a livre decisão do coração”.

 

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