Terroristas sequestram sacerdote católico e outras dez pessoas na Nigéria

Sequestros de sacerdotes são cada vez mais comuns na Nigéria, assim como de religiosos e religiosas, mesmo após a Conferência Episcopal da Nigéria ter divulgado que não pagaria mais resgates.

Nigéria – Kaduna (20/05/2021 10:28, Gaudium Press) Mais um sacerdote católico foi sequestrado na Nigéria. Segundo a imprensa local, o sequestro ocorreu na última segunda-feira, 17, quando um grupo de homens armados invadiu a comunidade de Kadaje, deixando oito mortos e sequestrando onze pessoas, entre as quais se encontra o sacerdote da Arquidiocese de Kaduna.

Militares não atenderam pedido de socorro

De acordo com fontes locais, apesar dos inúmeros pedidos de auxílio feitos, a região não chegou a receber nenhum tipo de presença militar. “Ligamos e choramos pedindo ajuda, mas nunca chegou, nem sequer com a presença de formações militares. Neste momento, onze pessoas estão desaparecidas e oito foram mortas. Um sacerdote também está desaparecido”, declarou um habitante local ao Sahara Reporters.

Este ataque aconteceu dias depois de militares nigerianos realizarem uma série de ataques aéreos em locais onde acredita-se que existam bases ocupadas por terroristas. A informação foi confirmada pelo comissário estadual de Kaduna para a Segurança Interna e Assuntos da Pátria, Samuel Aruwan.

Perseguição religiosa na Nigéria

Os casos de sequestro de sacerdotes são cada vez mais comuns na Nigéria, assim como sequestros massivos de estudantes em algumas regiões do país. Religiosos e religiosas também são vítimas desses atos de violência, mesmo após a Conferência Episcopal da Nigéria ter divulgado que não pagaria mais resgates.

Segundo o Arcebispo de Abuja, Dom Ignatius Ayau Kaigama, a situação de perseguição religiosa na qual a Nigéria vive pode ser definida como “uma doença que está se espalhando sem que seja feito nenhum esforço significativo para combatê-la. Há uma necessidade urgente de que o governo nigeriano enfrente a situação, treinando os agentes de segurança para agir com mais eficácia”. (EPC)