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Bispo martirizado pelos soviéticos será beatificado

O Papa reconheceu o martírio “por ódio à fé” do venerável Peter Paul Orosz, Bispo ucraniano da Eparquia Greco-católica, assassinado pelos soviéticos

Papa Francisco institui a ‘Domus Vaticanae

Redação (05/08/2022 17:15, Gaudium Press) Nesta sexta-feira, o Papa Francisco reconheceu o martírio “por ódio à fé” do servo de Deus, Peter Paul Orosz, Bispo ucraniano da Eparquia Greco-católica.

O Papa também promulgou novos decretos autorizando o processo rumo à beatificação de cinco Servos de Deus: o padre Vítor Coelho de Almeida, redentorista brasileiro, Jesús Antonio Gómez Gómez, sacerdote colombiano, Umile da Genova, capuchino, Juán Sánchez Hernández, sacerdote espanhol, Irmã Celine Kannanaikal, religiosa indiana.

O reconhecimento do martírio “por ódio à fé” de Peter Orosz permitirá em breve a sua beatificação.

Péter Paul Orosz

Péter Orosz, nasceu em 14 de julho de 1917, em Biri (atual Hungria) de uma família greco-católica, seu pai era sacerdote greco-católico.

Aos três anos, ele perde o pai e com menos de 10 anos de idade, fica órfão também da mãe.

Concluiu seus estudos de teologia no seminário de Uzhhorod, em 1942. Ano no qual foi ordenado sacerdote celibatário da Eparquia católica de Mukacevo (atual Ucrânia).

Ministério durante a guerra

Com o início da Guerra, padre Peter Orosz fez um curso dedicado aos capelães militares, em 1943, mas no ano seguinte voltou para sua paróquia.

Dois anos após a ordenação sacerdotal, Peter Orosz foi ordenado clandestinamente Bispo auxiliar da Eparquia, em 1944.

O Bispo ordenante foi Dom Teodoro Romzha, assassinado pelos comunistas em 1947 e beatificado por São João Paulo II, em 2001.

Perseguição religiosa

Com a anexação forçada dos territórios e com a perseguição à Igreja greco-católica promovida pelos soviéticos, Dom Orosz sofria constantes pressões para aderir à Igreja ortodoxa russa.

Em 1949, as autoridades soviéticas proibiram todas as atividades pastorais e as igrejas greco-católicas foram fechadas.

Vigiado pelos serviços secretos, Orosz foi preso várias vezes arbitrariamente enquanto exercia clandestinamente seu ministério.

 O martírio

Em 1953, um mandato de prisão foi expedido contra ele. Após celebrar a Divina Liturgia clandestinamente, Dom Péter Orosz levava a Sagrada Eucaristia a um enfermo.

Porém foi detido no caminho por um soldado que o lhe disparou um tiro mortal. Dom Peter Orosz morreu em Siltse, na Hungria.

Os fiéis sempre tiveram uma grande devoção a Dom Orosz, sempre recorrendo a ele com orações e súplicas. (FM)

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