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Em que se assemelham os santos?

A santidade é bela e está ao alcance de todos.

El Cielo - Jaime Ferrer/ Museu de Lerida Espana. Foto:  Francisco Lecaros

El Cielo – Jaime Ferrer/ Museu de Lerida Espana. Foto: Francisco Lecaros

Redação (04/11/2023 19:16, Gaudium Press) Todos os Santos enfrentaram dificuldades que deles exigiram luta e confiança, confiança e luta. Nos momentos mais trágicos de sua vida, eles souberam olhar para o alto, aguardando o momento da intervenção de Nosso Senhor, e assim venceram as tempestades e chegaram ao porto da salvação. Seu coração estava inundado da certeza de que Deus e Nossa Senhora jamais os abandonariam.

No entanto, em que se assemelham Santa Blandina de Lyon, jovem mártir do século II, e o Papa São Pio X? Quais traços comuns podemos encontrar em São Clemente Romano e Santa Teresinha do Menino Jesus? Ou em São Francisco de Assis, São Damião de Molokai e Santo Inácio de Loyola?

Dir-se-ia que as semelhanças entre eles são muito poucas, ou melhor, apenas o fato de todos terem sido canonizados. A lista poderia se prolongar por páginas e páginas, e nela consignaríamos biografias, missões e espiritualidades as mais diversas, cada qual refletindo de forma única e fulgurante um aspecto diferente das infinitas perfeições do Criador.

“Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14, 2), ensina o Divino Mestre. A santidade de Deus é um universo inesgotável, e inesgotáveis são também os caminhos para chegar até ela, bem como as qualidades e carismas com que a Providência provê os homens para alcançá-la.

Há, entretanto, uma presença comum, sutil e misteriosa, que torna todos os Santos membros de um único Corpo. Assim a descreve o Apóstolo: “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (I Cor 12, 4-6).

O Paráclito é Amor e é n’Ele que se explicam e integram as variadas vocações dos Santos: “A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos esses dons, repartindo a cada um como Lhe apraz” (I Cor 12, 7-11).

Somos membros do Corpo Místico de Cristo. Por muito diversas que sejam as vocações, a vida de cada cristão deve ser uma luta por manter aceso e sempre crescente em si o fogo da caridade.

A isso nos convida muito especialmente o exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus, que encontrou nos ensinamentos de São Paulo a resposta para seus anseios: “No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor!”

A isso nos convidam também Santa Clara e São Francisco de Assis, Santa Faustina Kowalska, Santa Macrina, São Basílio Magno e todos os outros Santos. Seja qual for o caminho pelo qual a Providência nos conduz, jamais devemos esquecer a primazia do Amor. Porque um só é o Espírito e muito diversos são os dons.

Texto extraído, com adaptações, da Revista Arautos do Evangelho n. 202, outubro 2018.

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