Autoridades vietnamitas atacam Mosteiro Católico para desapropriar seu terreno
Hue – Vietnã (Segunda-feira, 11-07-2016, Gaudium Press) As autoridades da província de Thua Thien-Hue, no Vietnã, atacaram um mosteiro católico com o fim de desapropriar seu terreno para poder empregá-lo em um centro recreativo. Os policiais excederam a ordem mesma de desapropriação e tomaram o controle das instalações usadas pelos monges e derrubaram um crucifixo que se encontrava no jardim do mosteiro.
Os fatos foram denunciados pelo Abade do Mosteiro, Padre Antoine Nguyen Van Duc, segundo reportou Radio Free Asia. A denúncia formal, apresentada diante do Comitê Popular provincial, a Arquidiocese de Hue, a Comissão da União Europeia no Vietnã e a Embaixada dos Estados Unidos em Hanoi, destacou o fato de que os oficiais excederam as ordens de desapropriação mesma -dirigida a terrenos que não estavam em uso- para anexar as instalações dos religiosos.
O sacerdote reclamou que a desapropriação contradiz a própria Constituição do país. “Ganharemos se a lei for cumprida, mas perderemos se eles a ignoram”, comentou. Os terrenos tomados, de uma extensão de 40 hectares, e a estrutura existente seriam empregados para construir um centro recreativo e um parque de diversões.
Segundo o sacerdote Padre Cao Duc Loi, os conflitos sobre o terreno foram iniciados em janeiro de 2015, quando os religiosos tentaram colocar um teto na parte exterior de uma capela em honra da Santíssima Virgem. As autoridades afirmaram que a construção afetaria um bosque de pinheiros próximo e instalaram um posto de vigilância junto ao lugar. Depois disso os fiéis locais foram agredidos e pressionados a abandonar a região.
Os monges redesenharam posteriormente uma parte de seu jardim na chamada Colina do Calvário pela presença de uma Cruz. “As autoridades reclamaram que nós tínhamos plantado a Cruz em sua terra e a derrubaram (enquanto) estávamos de joelhos para rezar”, relatou o presbítero, segundo informação da ACI. Um grupo de sacerdotes foi detido arbitrariamente no dia 26 de junho e as autoridades ingressaram no mosteiro acompanhados de mulheres para violar as normas do mesmo. “Pedimos para que as mulheres fossem embora porque não tinham nada para fazer em nossa reunião com as autoridades”, recordou o Padre Loi. (GPE/EPC)
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