O mundo não será melhor com pessoas “perfeitas”, mas com mais amor, afirma Francisco
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 14/06/2016, Gaudium Press) – A chuva que caiu na Praça de São Pedro não foi empecilho para que a Missa do Jubileu dos Enfermos, no domingo, 12 de junho, fosse das mais concorridas e coloridas deste ano.
A Praça estava repleta doentes e enfermos que vieram, eles também, participar do Jubileu dos Enfermos, dentro do Ano Santo da Misericórdia.
Além da tradução simultânea para os surdos-mudos, viu-se passagens do Evangelho serem lidas por participantes e também representações teatrais de episódios das leituras da liturgia do dia.
Claro que a homilia do Pontífice feita na ocasião foi dedicada aos enfermos e descapacitados.
A realidade do limite
Francisco voltou a atacar e condenar a cultura do descarte e disse que a natureza humana traz escrita em si mesma a realidade do limite, ainda que nestes dias se queira negar essa realidade.
“Nesta época na qual o cuidado do corpo converteu-se em mito de massas e, portanto, em um negócio, o que é imperfeito deve ser ocultado porque vai contra a felicidade e a tranquilidade dos privilegiados e põe em crise o modelo imperante”.
Para os ‘mundanizados’, “É melhor ter estas pessoas (deficientes, imperfeitas) separadas, em algum “recinto” -que pode ser dourado- ou nas reservas do pietismo e do assistencialismo, para que não coloquem obstáculos ao ritmo de um falso bem-estar”.
Quando o mundo será melhor?
Francisco lembrou que não só existe o sofrimento físico, mas que também existe o sofrimento do espírito. A patologia da tristeza chega sempre com a falta de amor.
Afirmou o Papa: “O mundo não será melhor quando esteja composto somente por pessoas aparentemente ‘perfeitas’, para não se dizer ‘maquiadas’, mas quando cresça a solidariedade entre os seres humanos, a aceitação e o respeito mútuo”.
Pois, o caminho da felicidade passa sempre pelos seres capazes de amar, explicou o Papa, que em seguida cumprimentou enfermos. (JSG)
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