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Arcebispo de Concepción afirma que seu trabalho como Visitador Apostólico será ‘escutar a comunidade’

Santiago (Quarta, 02-09-2009, Gaudium Press) O arcebispo de Concepción, monsenhor Ricardo Ezzati, disse no último fim de semana à imprensa chilena que espera cumprir até o final de outubro sua visita apostólica a todas as comunidades da congregação Legionários de Cristo e do Regnum Cristi na América Latina – com exceção do México -, missão exercida pelo religioso no papel de Visitador Apostólico.

Na primeira semana de setembro, o prelado segue para o Brasil, onde deve ficar por 17 dias. Depois volta a Concepción por uma semana e parte, em seguida, para a Venezuela, de onde segue para a Argentina, já no dia 10 de outubro. Sua missão deve ser encerrada no dia 20 de outubro.

Questionado pela imprensa, monsenhor Ezzati disse que seu trabalho será ‘escutar a comunidade religiosa e os leigos’ para logo redigir um documento sintetizado e entregá-lo ao Santo Padre. O prelado diz ter visitado os Legionários de Cristo no Chile, em conversas particulares, e também tem dado espaço aos leigos que tenham lhe procurado.

“Tenho me dedicado a escutar porque essa é a minha tarefa. Tenho feito isso por longas horas, às vezes 13, 14 horas diárias. Estive também na Colômbia, acolhendo todos que me procuram e tomo nota (faz anotações), para fazer finalmente uma síntese e apresentá-la ao pontífice”.

O prelado enfatizou que seu trabalho não é uma investigação, mas uma visita cujo objetivo é manifestar principalmente a proximidade e o apoio do Papa Bento XVI nesses ‘momentos tão dolorosos para a congregação’, por conta das informações que depõe negativamente sobre o comportamento e o estilo de vida do padre Marcel Maciel – fundador dos Legionários de Cristo, o sacerdote foi acusado anos atrás de abuso sexual cometido contra seminaristas; em 2006, o Papa Bento XVI o impediu de celebrar missas, reservando ao sacerdote uma vida de orações.

Sobre esse caso, monsenhor Ezzati afirmou que se trata de ‘um ato muito doloroso para os membros da comunidade; é muito doloroso para a Igreja, mas a vontade do Santo Padre era de prevenir positivamente para resolver os problemas e permitir que o dom do espírito siga adiante com o bem que está promovendo’.

 

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