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Bento XVI destaca figura de Moisés em seu ciclo catequético sobre a oração, pela audiência geral

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 01-06-2011, Gaudium Press) Continuando seu ciclo de catequeses sobre a oração, pela audiência geral, o Papa falou na audiência de hoje sobre Moisés, e sua pregação na montanha. Bento XVI refletiu na Praça São Pedro, junto às 9 mil pessoas presentes, sobre o exemplo de Moisés como um orador pela intercessão.

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Papa recordou que Moisés era considerado pelos Pais da Igreja uma prefiguração de Cristo

O Papa se referia à passagem do capítulo 32 do Livro do Êxodo e do capítulo 9 no Deuteronômio, quando Moisés rezava enquanto o povo traía Deus fazendo o bezerro de ouro. De acordo com a Escritura, Moisés, que falava com Deus como quem fala com um amigo, sobe ao Monte Sinai e recebe as tábuas da lei; faz quarenta dias de jejum para significar que a vida vem de Deus e que ele espera no dom da lei, um sinal de sua aliança. Em determinando momento, Deus lhe diz para descer a montanha porque as pessoas construíram um ídolo e caíram na tentação constante do homem de construir um deus compreensível e manipulável.

Segundo o Papa, Moisés foi um homem de oração e “mediador por excelência”. A infidelidade do povo escolhido pelo próprio Deus mostra a tentação do homem que quer que Deus seja “tangível” e “tocável”, que quer “iludir o mistério divino construindo um Deus compreensível, correspondente aos próprios esquemas, aos próprios projetos”, disse Bento XVI.

Moisés foi um mediador e intercessor entre dois amores, por Deus e pelo povo, pela salvação deste povo a ele confiado, mas também em recordar o amor de Deus por eles, explicou o Papa. A sua intercessão “não alega desculpas para o pecado de sua gente, não enumera supostos méritos nem do povo nem os próprios, mas sim apela à gratuidade de Deus”, continuou. Através de uma concreta experiência do diálogo com Deus, Moisés intercede para que Deus se mostre mais forte que o pecado e que a morte.

Por tudo isso, o Papa recordou que Moisés era considerado pelos Pais da Igreja uma prefiguração de Cristo, quem, “do alto da cruz, realmente está diante de Deus, não somente como amigo, mas com Filho, e oferece seu coração transpassado, se faz cancelar e, como diz São Paulo, leva nossos pecados para nos salvar”. E a intercessão de Jesus Cristo não é “somente solidariedade, mas é identificação conosco, leva todos nós no seu corpo e, assim, toda a sua existência de Homem e de Filho é um grito ao coração de Deus, é perdão, mas é perdão que transforma e renova”, refletiu Bento XVI.

“Penso – disse o Santo Padre, convidando os fiéis – que devemos meditar sobre esta realidade: Cristo está diante da face de Deus e reza por mim, sofreu por mim, se identificou comigo tomando o nosso corpo e a alma humana e nos convida a entrar nesta sua identidade fazendo-se um corpo e um espírito com Ele, porque de cima de sua cruz trouxe não somente novas leis, mas como uma nova aliança ele próprio, o seu corpo e seu sangue”.

Irmã Dulce

Como em todas as quartas-feiras, o Papa saudou os peregrinos presentes em várias línguas. Em português, lembrou a recente beatificação de Madre Irmã Dulce, saudando particularmente as Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

“Esta (Beata Irmã Dulce) queria ver-vos todas unidas num mesmo e único pensamento: Deus. No pensamento e serviço de cada uma, o hóspede seja Deus; e, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz”, disse o Papa.

Bento XVI saudou também os croatas, em vista de sua viagem a Zagreb no próximo fim de semana.

 

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