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Wall Street Journal: Arcebispos defendem a honra de São Junípero Serra

Eles criticam as afirmações caluniosas de um projeto de lei aprovado pelos legisladores da Califórnia.

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Redação (13/09/2021 18:51, Gaudium Press) Em uma coluna publicada no Wall Street Journal, dois arcebispos americanos, Monsenhor José H. Gómez, Arcebispo de Los Angeles e presidente da Conferência Episcopal, e Mons. Salvatore Cordileone, Arcebispo de San Francisco, criticam as afirmações “ultrajantes” contra São Junípero Serra, o primeiro santo canonizado em solo americano, convertidas em, nada mais e nada menos, um projeto de lei.

No mês passado, os legisladores do estado da Califórnia aprovaram um projeto que substituiria a estátua de São Junípero Serra que se encontra em um capitólio estatal por uma que homenageia as populações indígenas locais. O texto do projeto afirma que o Santo Franciscano e suas missões foram responsáveis pelas atrocidades contra os povos indígenas.

Pérolas como as que se seguem são encontradas no texto do referido projeto: Afirma-se que o sistema de missão de São Junípero incluía “escravidão de adultos e crianças, mutilação, genocídio e agressões às mulheres”.

Essas afirmações contra São Junípero e suas missões são falsas, lembram os Arcebispos de San Francisco e Los Angeles.

“Embora haja muito o que criticar neste período, nenhum historiador sério jamais fez afirmações tão escandalosas sobre Serra ou o sistema de missões, a rede de 21 comunidades que os franciscanos estabeleceram ao longo da costa da Califórnia para evangelizar os nativos americanos”, escrevem os prelados.

Em que se basearam os legisladores para fazer tais afirmações caluniosas?

Em “um simples livro tendencioso escrito pelo jornalista Elías Castillo”, dizem os arcebispos. Esse livro, “Uma cruz de espinhos: a escravidão dos índios da Califórnia pelas missões espanholas”, é citado no projeto de lei como “um relato preciso e completo do período”.

Os arcebispos afirmam que São Junípero foi alguém que “defendeu a humanidade dos indígenas, denunciou os abusos contra as mulheres indígenas e argumentou contra a imposição da pena de morte aos nativos que incendiaram uma missão e assassinaram um de seus amigos”.

São Junípero viajou 2.000 milhas até a Cidade do México – idoso e doente – para “exigir que as autoridades adotassem uma declaração de direitos nativa que ele havia redigido”.

“O Sr. Newsom conhece bem a história da Califórnia para ver que as acusações contra Serra não são verdadeiras”, declaram os prelados. “Em 2019, ele se desculpou pela história de injustiça do estado contra os nativos americanos, reconhecendo que foi o primeiro governador da Califórnia, Peter Burnett, que lançou o que Burnett chamou de ‘uma guerra de extermínio’. E isso começou 60 anos depois da morte de São Junípero Serra.

“A destruição dos nativos do estado adveio muito depois de sua partida e muitas missões foram assumidas pelo governo”, sublinham.

“A maneira como escolhemos lembrar o passado modela as pessoas que esperamos ser no futuro”, ponderam. “Não podemos pensar em um símbolo melhor para este estado multiétnico comprometido com a dignidade humana e a equidade do que colocar duas estátuas no Capitólio da Califórnia, uma que celebra a herança viva dos povos indígenas da Califórnia e outra que reflete a fé e a liderança de seu defensor São Junípero Serra”.

Com informações CNA.

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