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Visita do Arcebispo de Pequim a Hong Kong

Dentro de alguns dias, o polêmico arcebispo de Pequim, Dom Joseph Li Shan, iniciará uma visita de cinco dias a Hong Kong.

Foto: Cardeal Zen/ Twitter

Foto: Cardeal Zen/ Twitter

Redação (09/11/2023 15:29, Gaudium Press) Dentro de alguns dias, em 14 de novembro, o polêmico arcebispo de Pequim, Dom Joseph Li Shan, iniciará uma histórica visita de cinco dias a Hong Kong, o que está causando inúmeras repercussões, também negativas. Dom Li Shan é presidente da Associação Patriótica dos Católicos Chineses, pró-comunista, e sua viagem a Hong Kong é uma resposta à visita do cardeal bispo jesuíta de Hong Kong, Dom Chow, a Pequim em abril.

A intenção dos dois bispos com o encontro é reduzir “mal-entendidos e preconceitos”, informa o Asia News.

No entanto, é verdade que nem todos da Igreja local estão felizes com a próxima visita do bispo de Pequim, por exemplo, os setores que estão em consonância com o Cardeal Joseph Zen, antigo bispo da ilha.

The Pillar Catholic relata que está se instalando uma polêmica com conotações diplomáticas, particularmente por causa da proximidade do bispo de Pequim com o Partido Comunista Chinês. A Associação Patriótica dos Católicos Chineses, presidida por Dom Li Shan, está por trás da nomeação de bispos da China continental sem a aprovação do Vaticano, minando ainda mais o criticado e ainda secreto acordo sino-vaticano sobre a nomeação de bispos.

Evidentemente, a questão que divide os católicos de Hong Kong não é apenas religiosa, mas muitos veem o arcebispo Li Shan como um representante não oficial de um regime que quer anular completamente qualquer liberdade que ainda vigora no regime especial de Hong Kong; um regime que tem manobrado progressivamente para eliminar essas liberdades, como por exemplo por ocasião da aprovação da Lei de Segurança Nacional de 2020, cujos trechos “obscuros” mantêm na prisão vários ativistas dos direitos civis, incluindo o católico Jimmy Lai.

O cardeal de Hong Kong, Dom Stephen Chow, durante a solene celebração por ocasião de seu regresso de Roma, após o Consistório em que recebeu o barrete cardinalício e a sua participação no Sínodo, falou de uma melhor comunicação entre a China e Hong Kong, a fim de que Hong Kong possa ser uma “ponte da Igreja” entre o Oriente e o Ocidente.

Mas parece que a ponte em Hong Kong está quebrada, pois ainda há muitos católicos que afirmam que o regime comunista de Pequim continua a perseguir a Igreja no país e suas liberdades na ilha. (SCM)

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