Um olhar que pode nos salvar
Graças à mediação onipotente de Maria, não há pecado que não obtenha perdão largo e imediato, nem pecador que não possa santificar-se do modo mais perfeito.
Redação (23/04/2023 18:18, Gaudium Press) Nossa Senhora tem olhos de misericórdia, e um simples olhar d’Ela pode nos salvar. Sua doçura é invariável, seu auxílio ilimitado, pronto a nos atender a qualquer momento, sobretudo nas dificuldades de nossa vida espiritual. Estas costumam ser de duas ordens.
Em primeiro lugar, a crise que se poderia chamar clássica, quando a pessoa sente-se tentada e, portanto, hesitante entre o bem e o mal, com a possibilidade de ser arrojada no precipício do pecado de um momento para outro. Parece bem evidente que Maria é nosso auxílio, na plenitude do termo, nessas circunstâncias.
Contudo, a solicitude da Mãe de Misericórdia volta-se também para aquele que se encontra em apuro espiritual muito mais grave, e que se traduz por esta súplica:
“Minha Mãe, eu, sucumbindo ao peso da tentação, não andei bem. Pequei. Tenho o receio de me habituar ao pecado e de nele me embrutecer. Por outro lado, imensa é a minha vontade de me regenerar. Sei que não mereço a vossa proteção, mas, porque sois a Auxiliadora de todos os cristãos, não apenas dos bons, senão até dos mais miseráveis, peço-Vos: vinde e auxiliai-me”.
Neste caso, é o próprio fato de se ter caído em pecado que se alega diante de Nossa Senhora, como razão para obter seu socorro. Trata-se do desamparado que encontra no seu infortúnio o motivo pelo qual deve implorar a misericórdia de Maria.
Está na missão da Santíssima Virgem, é o movimento profundo de seu Coração materno, reconciliar os pecadores com Deus. Porque a mãe tem bondades, ternuras, indulgências e paciências que outros não possuem.
Ela pede, então, a seu Divino Filho por nós, e nos obtém uma série de graças, um sem-número de perdões que jamais alcançaríamos sem a sua intercessão.
Assim, é com toda a confiança que devemos nos dirigir a Ela, constantemente, suplicando-Lhe: “Volvei sobre nós, ó Mãe, esses vossos olhos de misericórdia!”
Plinio Corrêa de Oliveira
Extraído da Revista Dr. Plinio. n.10, jan. 1999.
Deixe seu comentário