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Um nova família cristã nas ruínas do Iraque

Em agosto de 2014, a planície de Nínive se viu cheia de famílias apavoradas que tentavam escapar do avanço terrorista do Estado Islâmico. A cidade de Karamlech que contava com cerca de 4 mil habitantes ficou praticamente deserta com a fuga massiva. O principal destino dos refugiados era a capital do Curdistão iraquiano, Arbil.

Em Arbil, famílias inteiras se refugiaram tendo deixado tudo para trás. Foi neste campo de refugiados que dois jovens de Karamlech, Rami e Rita, se encontraram.

Após a invasão dos jihadistas, Karamlech foi vandalizada pelo Estado Islâmico. Tuneis foram cavados para favorecer o deslocamento na cidade, igreja incendiadas, cemitérios e escolas vandalizados. Os guerrilheiros fizeram da cidade uma importante base militar para resistir e atacar seus adversários. “O Estado Islâmico transformou nossas casas em instalações militares. A igreja de Santa Barba era o quartel general deles”, explicou Rami.

Em outubro de 2016, antes da liberação de Karamlech pelo exercito iraquiano, os jihadistas deixaram mensagens de ódio pelos muros e portas da cidade. Tudo ali estava em ruínas.

Entre as primeiras pessoas que retornaram à Karamlech estava Rami. Logo, os cidadãos recolocaram as cruzes no alto das igrejas e começaram paulatinamente a reconstrução da cidade.

Hoje com quase metade da população tendo retornado, Rami, 29 anos, e Rita, 23 anos, decidiram ficar e fundar uma nova família. “Nossa vida não é sem riscos, mais não importa o que aconteça, é preciso continuar. Nós devemos ir em frente”, disse Rami.

Eles são o primeiro casal a celebrar o casamento no reconstruído centro de São José. Após anos de terror e medo a alegria começa a renascer. Com satisfação declara Rami: “Nos muros da igreja, os jihadistas escreveram ‘Não haverá mais cristianismo no Iraque’, mais eles não venceram. Graças a Deus, nós, católicos iraquianos voltamos”.

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