Tribunal alemão permite que igreja volte a tocar seus sinos

O caso teve início quando uma pessoa, que morava próximo ao templo católico, entrou com uma ação reclamando do toque dos sinos nas manhãs de domingo.

Redação (04/11/2021 12:23, Gaudium Press) Após passar por um período em silêncio, os sinos de uma igreja localizada na cidade alemã de Usingen-Merzhausen poderão tocar novamente convidando os fiéis para a Santa Missa e demais celebrações litúrgicas.

O caso teve início quando uma pessoa, que morava próximo ao templo católico, entrou com uma ação reclamando do toque dos sinos nas manhãs de domingo. A ocorrência foi levada ao tribunal, que decidiu recentemente que o toque de sinos não é um incômodo.

Decisão do Tribunal Administrativo de Frankfurt de Main

Em seu veredicto, o Tribunal Administrativo de Frankfurt de Main chegou à conclusão de que os sinos das igrejas devem ser aceitos em uma sociedade secularizada como uma “instituição razoável e socialmente aceita que está sujeita à tolerância mútua”.

O juiz do caso afirmou ainda que o repicar dos sinos tem caráter sagrado e não ultrapassa os limites de ruído. Além disso, se mencionou que os sinos tocam desde 1951, enquanto o queixoso se mudou para as proximidades da igreja apenas em 2001.

Diferentes toques de sino

Nem todo mundo sabe, mas existem padrões de toque de sinos para diferentes ocasiões, como a bênção de uma igreja, a chegada de um dignitário eclesiástico e nas festas da igreja. Nessas ocasiões, os sinos têm um tom alegre e solene e os sinos dobram de maneira rápida, com pequenos intervalos entre cada conjunto de sinos.

Por outro lado, quando um fiel morre, o sino dobra de forma lenta e lamentosa com um longo intervalo entre cada badalada. Se houver duas badaladas rápidas seguidas de um longo intervalo antes da próxima rodada, isso significa que o falecido é um homem. Por outro lado, se houver apenas um golpe com um longo intervalo antes do próximo, isso significa que o falecido é uma mulher. O número também varia para anunciar a morte de um Bispo ou do Papa. (EPC)