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Ter coragem de levar nossa história diante do Senhor para ser atendido, recomenda Papa

No Evangelho encontraremos Jesus como Ele é, como Ele se apresenta; encontraremos Jesus que nos ama, que nos ama muito, que nos quer tanto bem, que nos atende.

No Evangelho encontraremos Jesus como Ele é, como Ele se apresenta; encontraremos Jesus que nos ama, que nos ama muito, que nos quer tanto bem, que nos atende.

Cidade do Vaticano (17/08/2020, 10:05, Gaudium Press) Neste domingo, 16/08, o Papa Francisco voltou a rezar a oração mariana do Angelus com os fiéis e peregrinos na Praça São Pedro.
O Pontífice iniciou seus comentários recordando que “ o Evangelho deste domingo descreve o encontro entre Jesus e uma mulher cananeia”:

A mulher cananeia procura Jesus implorando por ajuda

“Jesus se encontra no norte da Galileia, num território estrangeiro, a mulher não era judia, era cananeia.
Jesus se encontra ali para estar com seus discípulos um pouco longe das multidões que o procuram em número cada vez maior. E uma mulher se aproxima dele implorando por ajuda para sua filha doente: ‘Senhor, tem piedade de mim’.”

Senhor tende piedade de mim! Pedido que nasce de uma vida marcada pelo sofrimento

O Papa comenta que o pedido ‘Senhor tende piedade de mim’ “é o grito que nasce de uma vida marcada pelo sofrimento, pelo sentimento de impotência de uma mãe que vê a filha atormentada pelo mal e não se cura, não pode curá-la”.

A força da insistência: “Mulher, é grande a sua fé! Seja feito como você quer”

Francisco recordou que “Jesus inicialmente a ignora, mas esta mãe insiste, insiste, até mesmo quando o Mestre diz aos discípulos que sua missão é dirigida apenas às ‘ovelhas perdidas da casa de Israel’ e não aos pagãos.
Ela continua a implorá-lo, e ele, naquele momento, a coloca à prova citando um provérbio: ‘Não está certo tirar o pão dos filhos, e jogá-lo aos cachorrinhos’.
E a mulher imediatamente responde angustiada ‘Sim, Senhor, é verdade; mas também os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos’.”

Segundo o Papa, “com essas palavras, aquela mãe mostra que intuiu que a bondade do Deus Altíssimo, presente em Jesus, está aberta a todas as necessidades de suas criaturas”. Esta sabedoria cheia de confiança atinge o coração de Jesus, tira dele palavras de admiração: “Mulher, é grande a sua fé! Seja feito como você quer”.

“Ter grande fé”: ter coragem de levar a própria história para diante de Deus e pedir

“O que é a grande fé?”, perguntou Francisco para logo responder:
“A grande fé é aquela que leva sua própria história, marcada também por feridas, aos pés do Senhor, pedindo-Lhe que a cure, que lhe dê sentido”.
“Cada um de nós tem a sua própria história (…) nem sempre é uma história limpa. Muitas vezes é uma história difícil, com muitas dores, muitos problemas e muitos pecados. O que eu faço com a minha história? A escondo? Não! Devemos levá-la diante do Senhor. “Senhor, se quiser, você pode me curar”. Isto é o que esta mulher nos ensina, esta boa mãe: a coragem de levar a sua história de dor perante Deus, perante Jesus; tocar a ternura de Deus, a ternura de Jesus. Façamos a prova dessa história, dessa oração. Pensemos cada um na própria história. Há sempre coisas ruins numa história, sempre.

Conseguiremos pedir tendo diante de nós o rosto de Jesus e assim entender o Coração de Jesus

Caminhando para a conclusão de seus comentários, o Papa afirmou que devemos ir a Jesus, bater no coração de Jesus e dizer-lhe: “Senhor, se quiser, podes curar-me”!

E Francisco sublinhou que “Conseguiremos fazer isso se tivermos sempre conosco o rosto de Jesus, se entendermos como é o coração de Cristo, como é o coração de Jesus: um coração que tem compaixão, que carrega sobre si as nossas dores, que carrega sobre si os nossos pecados, os nossos erros, os nossos fracassos, mas é um coração que nos ama assim como somos, sem maquiagem: nos ama assim”. (JSG)

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