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Sínodo: Cardeal Sako pede ao Papa que preserve o depósito da fé e da moral

“A Igreja deve valer-se da sua autoridade didática e preservar fielmente o depósito da fé e da moral básica”.

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Redação (06/09/2023 08:31, Gaudium Press) Continuam os temores em relação ao próximo Sínodo sobre a Sinodalidade; tanto que o próprio Papa teve que enfrentar uma pergunta a esse respeito, feita em seu voo de volta da Mongólia pelos jornalistas.

Uma dessas vozes é a do Cardeal Patriarca dos Caldeus, Louis R. Sako, que publicou uma nota no próprio site do patriarcado caldeu intitulada “Para onde deve conduzir o próximo caminho sinodal?”

O cardeal iraquiano afirmou que “acompanhei de perto os preparativos para a sinodalidade, participei da fase de ‘escuta e discernimento’ no Iraque, li o documento de trabalho instrumentum laboris, que contém belas ideias importantes, e li as declarações e críticas que às vezes acontecem”. Nas reuniões relacionadas com esse processo, nas quais esteve presente, ele pôde sentir a presença do Espírito Santo.

Por outro lado, o Cardeal Sako afirma também que “num tempo de instabilidade, de dificuldades encontradas pela cultura de hoje enfrenta em questões difíceis, em particular devido à predominância do liberalismo secular, a Igreja, mãe e mestra, e o Papa, sucessor de Pedro, a rocha sobre a qual a Igreja repousa e garante a sua unidade, devem fazer uso da sua autoridade didática no processo de autorrenovação e das suas estruturas com plena convicção, preservando fielmente o depósito da fé e da moral básica. É preciso distinguir entre o real e que expressa o espírito que não se pode abandonar, e o imediato-prático vinculado às condições de tempo e espaço, que devem ser atualizados”.

“O Sínodo deve dar prioridade ao anúncio (do Evangelho) à luz dos sinais dos tempos e ‘pregar a Palavra, insistir em todas as ocasiões oportuna e inoportunamente’ (2 Tm 4, 2), de modo que a Igreja possa apresentar a fé a todos com clareza, linguagem compreensível, estilo diverso, novas formas, e abordar a liturgia da celebração dos sacramentos e algumas estruturas com maior participação para tornar algumas estruturas mais eficientes e menos burocráticas, para que os cristãos se sintam em casa, tenham o seu papel e não se sintam marginalizados”, enfatizou o cardeal.

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