Sequestrados cinco sacerdotes e duas religiosas no Haiti
Sete religiosos foram sequestrados por um grupo criminoso no Haiti. Os sequestradores pediram resgate de um milhão de dólares.
Redação (12/04/2021, Gaudium Press) Cinco padres católicos, entre eles dois franceses, e duas freiras são vítimas de mais um episódio de violência no Haiti.
A notícia foi anunciada pela Conferência Episcopal do Haiti, destacando que os sequestradores exigiram a soma de um milhão de dólares para a libertação dos sete religiosos.
O porta-voz da Conferência Episcopal do Haiti, padre Loudger Mazile, informou que o sequestro aconteceu na manhã do domingo, 11/04, em Croix-des-Bouquets, perto de Porto Príncipe, enquanto “estavam a caminho da posse de um novo sacerdote.
Bispos haitianos exortam a reagir
Os sete religiosos, de acordo com uma agência de notícias local, foram sequestrados por um conhecido grupo criminoso.
“A nação deve se levantar para combater estes episódios”, afirmou o padre Gilbert Peltrop, secretário geral da Conferência Haitiana.
“A CHR expressa seu profundo pesar, bem como sua indignação pela situação desumana que passamos por mais de uma década”, disse o comunicado à imprensa.
“Não passa um dia sem choro e medo, mas os chamados líderes deste país, embora se apeguem ao poder, estão cada vez mais impotentes”, acrescenta.
Os sequestros por extorsão aumentaram nos últimos meses em Porto Príncipe e no interior do país.
Isso já é demais, chegou a hora de cessar estes atos desumanos
“Isto é demais, chegou a hora de cessar esses atos desumanos ”, disse Dom Pierre-André Dumas, bispo de Miragoâne, por telefone no domingo.
“A Igreja reza e se solidariza com todas as vítimas deste ato vil”, acrescentou.
Várias crises que se arrastam por décadas
O Haiti vem sobrevivendo a uma grave crise econômica, política e social, que tem tudo para explodir em revoltas e reviravoltas autoritárias.
Há algum tempo o país do Caribe tem sido cada vez mais dilacerado por sequestros e crimes violentos que ocorrem em um clima de profunda ruptura causado nos últimos 15 anos por furacões, terremotos e epidemias.
E segue-se a tudo isso uma emergência humanitária sem precedentes, que continua até hoje, apesar da mobilização da comunidade internacional. (JSG)
(FotoVaticanNews)
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