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Senhor, tende piedade de nós!

Até onde chegará a maldade no mundo? Será que Deus já não está dando sinais de Sua intervenção?

Giant ocean wave

Redação (19/07/2020 18:32, Gaudium Press) Ao tomarmos conhecimento das notícias diárias, constatamos que o mundo inteiro está à beira de um colapso. Financeiro? Não só. Um colapso nas mentes e nos princípios. A liberdade, igualdade e fraternidade tão desejadas na revolução francesa só existem para defender egoísmos e justificar erros.

Mata-se, rouba-se, aprisiona-se em nome dessa trilogia. Tudo é permitido, desde que seja contra os princípios cristãos. Ai de quem os defenda! São chamados de intolerantes e radicais; uma verdadeira inversão de valores.

Assim, a cada dia que passa, a fé desaparece e expande-se a confusão em todas as esferas da sociedade: política, social, religiosa e econômica. Não existe a verdade, pois, neste mundo, tudo é relativo e subjetivo.

Falsos Profetas

Ademais, surgem “falsos profetas” que, ao invés de corrigir os erros, incentivam o mal, segundo as palavras de Bento XV ao promulgar a beatificação de Marcelino Champagnat em 11 de Julho de 1920:

“Basta considerar os princípios do século XIX para reconhecer que muitos falsos profetas apareceram na França, e a partir daí se propuseram difundir por toda a parte a maléfica influência de suas perversas doutrinas. Eram profetas que tomavam ares de vingadores dos direitos do povo, preconizando uma era de liberdade, de fraternidade, de igualdade. Quem não via que estavam disfarçados de ovelhas?

“Mas a liberdade preconizada por aqueles profetas não abria as portas para o bem, e sim para o mal; a fraternidade por eles pregada não saudava a Deus como Pai único de todos os irmãos; e a igualdade por eles anunciada não se baseava na origem, nem na comum Redenção, nem no destino de todos os homens. Eram profetas que pregavam uma igualdade destrutiva da diferença de classes querida por Deus na sociedade; eram profetas que chamavam irmãos aos homens para lhes tirar a ideia de sujeição de uns em relação aos outros; eram profetas que proclamavam a liberdade de fazer o mal, de chamar luz às trevas, de confundir o falso com o verdadeiro, de preferir aquele a este, de sacrificar ao erro e ao vício os direitos e as razões da justiça e da verdade.

“Não é de se maravilhar que contra tais profetas devesse ressoar uma palavra terrível: ‘guardai-vos deles!’”.

Prestai atenção

De fato, várias outras advertências já foram dadas, desde as mensagens de Nossa Senhora na rue du Bac, Lourdes, La Salette e Fátima, prenunciando castigos, caso a humanidade não se convertesse e voltasse a Deus, até os impressionantes avisos da natureza: vulcões, furacões, enchentes, etc.

E isto não foi suficiente para tocar os corações empedernidos no mal. Com efeito, a humanidade parece não querer dar ouvidos. É o que se perguntava Santa Bernadette Soubirous quando ocorreram terríveis devastações causadas pelas inundações na França em 1875:

“Meu Deus! Como é cego o homem quando não abre seu coração à luz da Fé! Após tão pavorosas desgraças, não teremos o vivo desejo de nos perguntar o que poderia ter provocado esses terríveis castigos? Prestemos atenção e escutaremos uma voz a nos dizer no fundo do coração: é o pecado; sim, o pecado, o maior dos males, que nos acarreta todas as punições. Cai sobre nós o mal que maliciosamente praticamos; eis a “felicidade” e os “benefícios” que o pecado nos proporciona. Ó meu Deus, perdoai-nos e tende piedade de nós!”.

 

Por Ir. Maria Cristina Miranda, EP

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