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Salesianos são presos na capital da Etiópia

Este fato foi relatado por várias fontes católicas, preocupadas com o destino dos presos e a divisão étnica que acontece no mundo católico.

conflito etiopia

Redação (10/11/2021 14:45, Gaudium Press) Forças do governo etíope invadiram um centro administrado pelos Salesianos de Dom Bosco em Addis Abeba e prenderam 17 pessoas, entre padres, religiosos, funcionários e até mesmo o Superior provincial. A maioria era da região etíope de Tigray e foi levada para um destino não identificado.

Os Salesianos começaram a trabalhar na Etiópia em 1975 e têm uma presença consolidada em Tigray. O site da ordem diz que 100 membros da ordem vivem em cerca de 14 casas espalhadas pela Etiópia, onde administram escolas e centros de treinamento vocacional e lares para crianças de rua.

Uma fonte, que não quis ser identificada por razões de segurança, informa que todos ainda estão presos em local desconhecido e a situação é muito delicada. Uma postagem no Twitter disse que eles foram acusados de enviar dinheiro para Tigray.

Apelo do Papa

De acordo com o Vatican News, no Angelus do domingo, 7 de novembro, o Papa Francisco fez um apelo:

“Acompanho com preocupação as notícias vindas da região do Chifre da África, em particular da Etiópia, abalada por um conflito que já se arrasta há mais de um ano e que já causou inúmeras vítimas e uma grave crise humanitária. Convido todos a rezar por aquelas populações tão duramente provadas e renovo o meu apelo para que prevaleçam a concórdia fraterna e o caminho pacífico do diálogo”.

O conflito

Esse conflito começou em novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed Ali, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, lançou um ataque à administração da região semi-autônoma. Ele acusou a administração regional de atacar uma base do exército nacional na capital de Tigray, Mekele. Desde então, milhares morreram e mais de 1 milhão de pessoas foram deslocadas e o conflito se espalha para outras regiões do país.

O primeiro-ministro declarou estado de emergência de seis meses e pediu aos residentes de Addis Abeba que se armassem para proteger a vizinhança.

 

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