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Sacerdotes franceses terão uma carta de identidade

A Conferência dos Bispos da França anunciou um novo dispositivo que permitirá identificar os sacerdotes autorizados a celebrar a Missa e atender confissões no país

Mais que sujar, numa semana, três atos incivilizados atentam contra a dignidade da Igreja, desrespeitam o ambiente sagrado, quebram a sacralidade de um templo.

Redação (18/05/2023 14:00, Gaudium Press) A Conferência dos Bispos da França anunciou um novo dispositivo que permitirá identificar os sacerdotes autorizados a celebrar a Missa e atender confissões no país.

Atualmente os clérigos franceses já possuem um documento de identidade chamado “celebret” que permite identificar o clérigo e a sua autorização para celebrar Missas. O anúncio feito pela Conferência episcopal francesa vai tornar o celebret um documento digitalizado.

Tanto os Bispos quanto os sacerdotes e diáconos vão dispor de uma nova carta de identidade munida de um QRcode que permitirá visualizar, com a câmera do celular, se o clérigo pode ou não celebrar a Eucaristia e atender confissões.

A implementação da carta de identidade digital faz parte da série de medidas tomadas pelas autoridades eclesiásticas da França após o relatório sobre os abusos sexuais feito no fim de 2021.

Há uma cegueira generalizada para com a dignidade de todo ser humano: bispos convidam franceses a pedir a Deus a graça de abrir os olhos de todos.

Os Bispos querem tornar a Igreja “mais segura” contra os crimes de abusos sexuais. A carta vai conter uma foto de identificação, informações sobre a incardinação do sacerdote (diocese, congregação), o nome, data e local de nascimento e informações sobre a ordenação.

Além das informações pessoais do sacerdote, a nova carta de identificação terá uma faixa verde caso o sacerdote não tenha nenhuma restrição em ministrar os sacramentos, laranja no caso em que haja alguma restrição e vermelha se o clérigo estiver proibido de pregar, celebrar Missa ou atender confissão. Contudo, as razões sobre as restrições não serão visíveis no documento do clérigo.

O novo documento deve estar em uso até o fim do ano para os cerca de 13 mil sacerdotes seculares e regulares além de 3 mil diáconos. O atual documento, feito em papel é facilmente falsificável e difícil de colocar em prática, explicaram os Bispos. (FM)

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