Sacerdote francês recebe sanção de diocese por falas polêmicas sobre aborto
Um sacerdote francês foi sancionado pela diocese após ter feito uma homilia polêmica afirmando que o aborto matou mais pessoas que a Grande Guerra
Redação (22/11/2022 11:10, Gaudium Press) Um sacerdote da diocese francesa de Saint-Dié-des-Vosges foi sancionado após ter feito uma homilia considerada polêmica porque comparou o número de abortos com o número de mortos da Grande Guerra.
“O aborto matou mais pessoas no mundo do que a Grande Guerra”, foi a afirmação do padre François Schneider, durante a Missa na comuna de Bertrimoutier, por ocasião do dia 11 de novembro, festa do armistício que pôs fim à Primeira Guerra Mundial.
Em seguida, o sacerdote teria afirmado que os políticos franceses deveria tomar o primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, como exemplo na luta contra o aborto.
Comunicado e sanção da Diocese
A diocese tomou conhecimento das declarações do sacerdote e emitiu um comunicado. “Depois de ouvir o Pe. Schneider, condenamos a instrumentalização da comemoração dos mortos da Primeira Guerra Mundial em benefício de outros assuntos éticos e políticos”, assinala a diocese.
Além disso, a diocese de Saint-Dié-des-Vosges declarou uma sanção contra o presbítero: “Dado o antecedente de novembro de 2015, pedimos ao padre François Schneider que se abstenha, por quatro semanas, de qualquer discurso público nas celebrações em que participar”. O tempo dedicado à homilia nas Missas do padre Schneider será utilizado para a leitura de um texto bíblico, explicou a diocese.
Outra afirmação que fez polêmica
O antecedente de novembro de 2015, ao qual se refere o comunicado da diocese, foi uma declaração do sacerdote a propósito do ataque terrorista que aconteceu em Paris, na discoteca do Bataclan.
Naquela época, o sacerdote teria afirmado que a música que se tocava na hora do ataque era dedicada a Satanás. Fala que fez polêmica ao tentar minimizar o atentado mais sangrento da França: 131 pessoas foram mortas pelos terroristas.
Os deputados francese vão analisar no próximo 24 de novembro um novo texto que visa introduzir o direito ao aborto na constituição francesa. (FM)
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