Sacerdote é pressionado a abandonar a única igreja católica do Afeganistão
Padre Giovanni Scalese espera poder voltar algum dia ao Afeganistão para retomar o trabalho da Igreja no país.
Afeganistão – Kabul (03/09/2021 14:43, Gaudium Press) “Continuamos orando pelo Afeganistão. Não podemos abandonar esse país e o seu povo sofredor”, essas foram as palavras do Padre Giovanni Scalese, assim que desembarcou em Roma, após ser forçado a abandonar a única igreja católica do Afeganistão.
Religiosas também tiveram que abandonar o Afeganistão
O religioso italiano, que é membro da congregação dos clérigos regulares de São Paulo e era superior da missão católica no Afeganistão, foi obrigado a embarcar em um voo militar, ao lado de cinco religiosas da congregação da Santa Madre Teresa de Calcutá e 14 crianças deficientes que residiam no orfanato mantido pela Igreja em Cabul.
Sacerdote não esperava ter que sair do Afeganistão dessa forma
Padre Giovanni Scalese, que espera voltar um dia ao Afeganistão para retomar o trabalho da Igreja no país, ressalta que não esperava que tivesse que sair do Afeganistão de forma tão repentina e abrupta. “Todos esperávamos uma conclusão mais negociada, um governo de transição ou de unidade nacional. Mas, em poucos dias, tudo desmoronou: governo, exército, forças policiais. O Talibã nem lutou para tomar o poder: simplesmente assumiram o controle”, afirmou.
Talibã impediu grupo de religiosos de acessar o aeroporto
Segundo o sacerdote, antes de conseguir embarcar no voo que os levaria para Roma, fazendo antes uma escala no Kuwait, o grupo de religiosos tentou chegar ao aeroporto, mas foi impedido pelo Talibã. “Só conseguimos passar pela entrada na outra noite. Não foi fácil passar por tanta gente e por aquela tensão enorme. O Talibã, entre outras coisas, emitiu um aviso de que fecharia as vias do aeroporto para os afegãos e permitiria somente a passagem de estrangeiros”, explicou. (EPC)
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