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Sacerdote Católico é sequestrado e torturado pelo governo comunista chinês

A denúncia foi publicada no website do Bitter Winter, página que trata sobre liberdade religiosa e direitos humanos na China.

Sacerdote Catolico e sequestrado e torturado pelo governo comunista chines

China – Pequim (29/09/2020 11:00, Gaudium Press) O governo comunista chinês sequestrou e torturou um sacerdote da Diocese de Mindong na intenção de forçá-lo a aderir à denominada Associação Católica Patriótica Chinesa (CPCA). A denúncia foi publicada no website do Bitter Winter, página que trata sobre liberdade religiosa e direitos humanos na China.

Segundo o relato divulgado, o Padre Liu Maochun estava visitando seus pais em um hospital na província de Guangdong no dia 1º de setembro, quando foi recebido pela polícia e levado para um local não revelado na cidade de Fu’an. Ali ele foi interrogado e torturado durante 17 dias.

Padre foi torturado por desobedecer o governo

Uma das torturas aplicadas pelos comunistas foi a de não permitir que o sacerdote dormisse por muito tempo. Para isso, os policiais usaram um gongo que era tocado ao lado da orelha do prisioneiro, ao mesmo tempo em que ofuscavam seus olhos com uma luz forte por vários dias consecutivos. Esse método de tortura é conhecido como “exaurir uma águia”.

De acordo com uma fonte anônima da Diocese de Mindong, a prisão do Padre Liu Maochun ocorreu por conta de sua desobediência ao governo, pois ele era “ideologicamente radical”. Além disso, o sacerdote é assistente do Bispo Auxiliar da Diocese, Dom Guo Xijin, um dos líderes católicos que se recusa a ingressar no órgão controlado pelo governo comunista do país. Por este motivo o Partido Comunista Chinês (PCC) prende e persegue os sacerdotes próximos à ele.

Um outro líder influente na Diocese foi ameaçado pelo governo comunista por ter se negado a se filiar à denominada Igreja Patriótica. Dentre as ameaças feitas está a de uma possível demolição de sua residência.

Um relatório vindo de Jiangxi, na China, revela que padres da Diocese de Yujiang que não ingressam “igreja católica patriótica”, foram presos desde 1º de setembro.

Perseguição aos sacerdotes fiéis ao Vaticano

Desde quando a Santa Sé assinou um acordo provisório com Pequim sobre a nomeação de Bispos, o governo chinês tem perseguido os católicos que permanecem leais ao Vaticano, pressionando-os a aderir ao CPCA. Os que se recusam a obedecer sofrem terríveis consequências, sendo ameaçados e inclusive desaparecendo.

Segundo outra fonte, esta com um cargo na prefeitura de Fu’an, a prisão do Padre Liu Maochun ocorreu por conta de sua conexão com vazamentos sobre a tortura do Padre Huang, outro sacerdote de Mindong que se recusou a ingressar no CPCA. Os comunistas acreditam que o Padre Liu compartilhou informações sobre o Padre Huang com a mídia estrangeira.

As perseguições, por parte do governo comunista chinês, aos sacerdotes leais ao Vaticano, estão se intensificando cada vez mais. Um dia após o desaparecimento do Padre Liu Maochun, o Departamento de Segurança Pública da cidade de Ningde também ordenou a prisão do Padre Zhu Rutuan, outro sacerdote da Diocese que se recusa a ingressar no CPCA. No entanto, o Padre foi avisado e conseguiu se esconder dos comunistas, que estão utilizando tecnologia de vigilância de alta tecnologia para localizá-lo. (EPC)

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