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Sábado Santo: Dia do grande silêncio que prepara para a Páscoa, Dia de Maria

Sábado Santo: Dia de Maria: Ela o vive em lágrimas, com o coração cheio de fé, esperança e amor. Ela seguiu o Filho pelo caminho doloroso, permaneceu ao pé da cruz com a alma trespassada.

Depois de ter evocado a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, caminhando para a celebração da Vigília Pascal, a Igreja Católica vive hoje –em todo o mundo– o Sábado Santo, o momento central e mais importante do calendário litúrgico: o dia do “grande silêncio”.

Cidade do Vaticano (03/04/2021, 11:50, Gaudium Press) Depois de ter evocado a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, caminhando para a celebração da Vigília Pascal, a Igreja Católica vive hoje –em todo o mundo– o Sábado Santo, o momento central e importante do calendário litúrgico: o dia do “grande silêncio”.

No silêncio, o Sábado Santo fala da “certeza de que o bem triunfa sempre sobre o mal”

Numa catequese de preparação para o Tríduo Pascal deste ano, o Papa explicou:
“O Sábado Santo é o dia do silêncio, vivido no pranto e na perplexidade pelos primeiros discípulos, perturbados com a morte ignominiosa de Jesus. Enquanto o Verbo está em silêncio, enquanto a Vida está no túmulo, aqueles que tinham esperança dele são postos duramente à prova, sentem-se órfãos, talvez até órfãos de Deus”.

Foi nesta ocasião que Francisco recordou o papel único da Virgem Maria neste dia de silêncio. Maria, –a Senhora das Dores–, é mais que o símbolo da dor, Ela é o monumento que expressa a dor de toda a Igreja pela morte de Jesus e a expectativa na ressurreição, que a imagem da ‘Pietà’ representa tão bem.

Sábado Santo: o Dia de Maria! Que viveu todas as dores, com o coração cheio de Fé e Esperança

“Este sábado é também o dia de Maria: também ela o vive em lágrimas, mas o seu coração está cheio de fé, cheio de esperança, cheio de amor. A Mãe seguiu o Filho pelo caminho doloroso e permaneceu ao pé da cruz, com a sua alma trespassada”, anunciou o Pontífice em sua catequese:

“Na hora mais obscura do mundo, ela tornou-se Mãe dos crentes, Mãe da Igreja e sinal de esperança. O seu testemunho e a sua intercessão sustentam-nos quando o peso da cruz se torna excessivo para cada um de nós”.

O Crucificado ressuscitou e triunfa sobre o mal, a vida vence a morte

Ao final da tarde do Sábado Santo, as comunidades católicas celebram os ritos da Vigília Pascal. Volta o canto do Aleluia que não era ouvido desde o início da Quaresma.
“Aquele que foi crucificado ressuscitou! Todas as questões e incertezas, hesitações e receios foram dissipados por esta revelação. O Ressuscitado dá-nos a certeza de que o bem triunfa sempre sobre o mal, que a vida vence sempre a morte”, diz o Papa Francisco.

Bênção do Fogo novo e do Círio Pascal, Proclamação da Páscoa, assim se inicia a liturgia da Vigília Pascal

Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal:
a Bênção do Fogo novo e do Círio Pascal; a Proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das Promessas do Batismo, por fim, a Liturgia Eucarística.

Normalmente, a vigília começa com um ritual do fogo e da luz que evoca a ressurreição de Jesus, um ato litúrgico que será omitido também neste ano de 2021 por causa da pandemia do covid-19.
Em seguida, em tempos normais, o círio pascal é abençoado antes de o presidente da celebração inscrever a primeira e a última letra do alfabeto grego (alfa e ómega), e cravar cinco grãos de incenso no Círio, ali colocados para rememorar as cinco chagas da crucifixão de Cristo.

A inscrição das letras e do ano no círio são acompanhadas pela recitação em forma de oração da expressão litúrgica: “Cristo ontem e hoje, princípio e fim, alfa e ómega. Dele são os tempos e os séculos. A Ele a glória e o poder por todos os séculos, eternamente” que também pode ser dita em latim: “Christus heri et hodie, Principium et Finis, Alpha et Omega. Ipsius sunt tempora et sæcula. Ipsi gloria et imperium per universa æternitatis sæcula”.

A liturgia da Palavra recorda “as maravilhas de Deus na história da salvação”

A canônica liturgia da Palavra propõe sete leituras do Antigo Testamento, que recordam “as maravilhas de Deus na história da salvação” e duas do Novo Testamento: o anúncio da Ressurreição segundo os três Evangelhos sinópticos (Marcos, Mateus e Lucas), e a leitura apostólica sobre o Batismo cristão.

Caminhando para o final da cerimônia do Sábado Santo, vem a Liturgia Batismal que é parte integrante da celebração e, por isso mesmo, ainda que não haja um Batismo para ser realizado, se faz a bênção da fonte batismal e a renovação das promessas.
Do programa ritual consta, ainda, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal. (JSG)

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