Projeto de religiosas francesas pretende mostrar como funciona a vida monástica
As cistercienses francesas de Boular querem construir um local destinado à receber o público externo e propor-lhe um conhecimento mais detalhado da vida na abadia
França – Boulaur (27/10/2021 5:45, Gaudium Press) As religiosas de abadia cisterciense de Santa Maria de Boulaur, cidade da França, querem levar a cabo um novo projeto.
Trata-se da criação de um “Ecótono”. O significado do termo é explicado em um vídeo no qual as religiosas apresentam seus planos e pedem a colaboração dos fiéis.
O que é um ecótono?
O ecótono será um lugar de “troca entre a comunidade religiosa e as pessoas externas”, explicou a Irmã Anne, responsável pela comunidade.
A palavra ecótono é emprestada da biologia e designa uma zona de transição entre dois ecossistemas diferentes, por exemplo, entre uma floresta e um campo.
O ecótono se caracteriza por uma especial interação entre as duas comunidades: cada uma delas conserva as características próprias, mas se nutre das qualidades da outra.
O Projeto da Abadia: lugar de troca entre as religiosas e a população
Com efeito, este é o objetivo do projeto das cistercienses que conta desde já com o apoio da população local.
Recentemente as religiosas concluíram a construção de um celeiro capaz de facilitar e desenvolver o trabalho agrícola do monastério e da região.
Agora o ecótono, será de fato um lugar onde as pessoas possam conhecer melhor a abadia e a vida monástica, além da fauna e flora regionais.
Trilhas destinadas a todas as idades permitirão desbravar a propriedade desde a entrada do estacionamento.
O projeto conta com a construção de um prédio de acolhida, onde visitas guiadas serão propostas. Um hall destinado a acolher eventos culturais está igualmente contemplado.
O ecótono vai reservar um espaço de atividades em grupo com o intuito de combater a solidão e o isolamento social.
O projeto de grandes dimensões é também um desafio de arquitetura, pois é necessário preservar a harmonia entre os prédios uma vez que a abadia é um monumento histórico.
Ora et Labora: a produção alimentícia da abadia
Outro ambiente será dedicado à venda dos produtos confeccionados pelas religiosas, como patês, geleias, queijos e farinha, todos provenientes dos campos da comunidade.
De fato, as religiosas cistercienses são fiéis ao lema de São Bento: “Ora et labora” (Ora e trabalha), e dividem a vida entre as orações e exercícios de piedade do mosteiro e o cultivo do campo.
O Objetivo principal é fazer o público conhecer melhor a vida monástica
A Irmã Anne reconhece que os produtos são uma forma de atrair as pessoas “mas esperamos que os visitantes possam ir mais longe e descobrir também o Senhor quando venham à abadia, porque Ele é a razão de ser deste lugar”, conclui.
Diferentemente do que possa parecer, irmã Anne precisou que o projeto não visa abrir inteiramente a abadia ao exterior, mas tornar acessível e didático aquilo que seja possível.
Por isso, explicou que antes de tudo é necessário levar uma vida de oração. Como afirmou: “para garantir uma recepção de qualidade, a abadia deve ser um local de oração, de paz e de vida comunitária das religiosas na clausura”.
Por enquanto não há datas previstas para o término do projeto, mas as religiosas contam com seu sucesso precedente (a construção do celeiro) para começarem o ecótono. (FM)
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