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Religiosa católica é morta em Moçambique

Um ataque terrorista contra uma missão católica resultou na morte de uma religiosa italiana de 84 anos de idade

Perseguicao religiosa aumenta no mundo pos coronavirus 2

Redação (07/09/2022 12:30, Gaudium Press) A religiosa italiana, Maria De Coppi, foi assassinada por homens armados no norte de Moçambique.

Irmã Maria De Coppi tinha 84 anos de idade e pertencia à congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus.

A missão de São Pedro de Lúrio de Chipene, no estado de Nampula, no norte do país, foi invadida e atacada por homens armados na noite do dia 6 para o dia 7 de setembro.

Todas as instalações da missão: igreja, hospital, a escola das crianças e dos adolescentes foram destruídas pelos invasores, segundo informou a agência Fides.

A religiosa foi atingida por uma bala na cabeça quando tentava se juntar ao dormitório das alunas. Um chefe tradicional local também perdeu a vida no ataque.

Insegurança na região de Nampula

Os sacerdotes e os outros religiosos e leigos da missão escaparam com vida do ataque e foram encaminhados para a cidade de Nacala, também no estado de Nampula.

A missão Chipene está localizada em um zona florestal e é um grande centro de apoio para a população local.

O estado de Nampula já havia sofrido um ataque no dia 2 de setembro e a missão de São Pedro estava na iminência de ser igualmente atacada.

Os missionários combonianos decidiram evacuar do local 80 crianças, entre meninos e meninas, para protegê-los de uma eventual invasão dos rebeldes.

Na noite do dia 6 de setembro, entretanto, o território da missão foi invadido por grupos de rebeldes armados.

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Missão de São Pedro de Lúrio de Chipene

A fundação da missão de São Pedro de Lúrio de Chipene foi feita em 1963, pela própria Irmã Maria De Coppi, religiosa nascida na região italiana do Vêneto, que estava há 59 anos no país como missionária.

Atualmente a missão é dirigida pela diocese de Concórdia e Pordenone e conta com a presença de dois sacerdotes.

O ataque contra a missão de Chipene não é o primeiro contra estabelecimentos católicos. A missão de Nangololo foi completamente destruída em outubro de 2020.

Aumento da violência no país

O clima de violência aumentou em Moçambique depois de 2017, quando grupos jihadistas se opuseram ao governo e começaram a causar terror no norte do país.

Nos últimos meses, grupos de terroristas ligados ao Estado Islâmico tem atacado diversas áreas da província de Nampula. A consequência é a fuga massiva dos habitantes.

O diretor de “Ajuda à Igreja que sofre” italiana, Alessandro Monteduro explicou em um comentário que “O crescimento e a concentração de organizações criminosas, a radicalização islâmica e o terrorismo jihadista desde outubro de 2017 representam as maiores ameaças à população (…)” (FM)

Com informações de Vatican News e Fides. 

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