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Reino Unido: absolvidos sacerdote e ativista católica que rezavam perto de clínica de aborto

Um sacerdote e uma católica que foram processados por rezar silenciosamente do lado de fora de uma clínica de aborto foram absolvidos. 

Isabel Vaughan-Spruce – Foto: Screenshot Facebook March for Life UK

Isabel Vaughan-Spruce – Foto: Screenshot Facebook March for Life UK

Redação (17/02/2023 12:21, Gaudium Press) O Pe. Sean Gough e Isabel Vaughan-Spruce, diretora do grupo antiaborto March for Life UK, levados a julgamento sob acusação ​​de alegada violação de uma norma que proíbe manifestações perto de centros de aborto, foram ontem absolvidos pelo Tribunal de Magistrados de Birmingham, na Inglaterra.

Tanto o sacerdote quanto Isabel, que luta por causas pró-vida há mais de 20 anos, foram legalmente assistidos por Jeremiah Igunnubole, do grupo cristão de defesa jurídica ADF UK: “Os casos de Isabel e do Padre Sean mostram que os planos atuais de introduzir zonas de censura na Inglaterra e no País de Gales constituem um passo perigoso em direção a uma sociedade iliberal”.

“Não estamos em 1984, mas em 2023: ninguém deve ser criminalizado por seus pensamentos, por suas orações, por se expressar pacificamente na via pública”, disse o advogado à imprensa após a decisão do tribunal.

Em vigor desde novembro, o regulamento que Isabel e o Pe. Gough estavam supostamente violando era a Public Spaces Protection Order (PSPO) – Ordem de Proteção de Espaços Públicos, local que proíbe orações, distribuição de informações sobre serviços de ajuda à gravidez e outras atividades consideradas como “protesto”.

Isabel foi especificamente acusada de “protestar e participar em ato de intimidação dos usuários do serviço”. Só que o que ela fez foi rezar, silenciosa e mentalmente, e quando a clínica de aborto estava fechada.

Por isso, Isabel declara: “Estou feliz por ter sido justificada por qualquer delito. Mas eu nunca deveria ter sido presa por meus pensamentos e tratada como uma criminosa simplesmente por orar silenciosamente em uma rua pública”. E acrescentou: “o que é profundamente antissocial são as medidas que estão sendo tomadas para censurar a liberdade de expressão, a liberdade de oferecer ajuda, a liberdade de orar e até mesmo a liberdade de pensar”.

Como foi noticiado, Isabel Vaughan-Spruce foi presa em 6 de dezembro, em frente a um centro de aborto. O momento da prisão foi registrado em vídeo e permite verificar as circunstâncias: Um policial a aborda e pergunta se ela estava rezando. Isabel então responde que “eu poderia estar rezando na minha cabeça”.

O sacerdote

Pela mesma razão, o sacerdote da Arquidiocese de Birmingham foi acusado de “intimidar os usuários do serviço” em uma área de censura. O Pe. Gough estava em silêncio, mas segurava uma placa com os dizeres: “rezando pela liberdade de expressão”, segundo informações da ADF. Ele também foi acusado de estacionar seu carro nesta área com um adesivo pró-vida: “vidas não nascidas importam”.

“Seja qual for a sua opinião sobre o aborto, todos podemos concordar que um país democrático não pode processar por crimes de pensamento”, afirmou o presbítero.

O problema é que há partes do regulamento que não estão bem definidas, o que permitiria certas interpretações no sentido de que uma simples oração poderia ser considerada uma “influência” proibida, com pena de prisão por até dois anos.

Manifestantes que estavam do lado de fora do tribunal seguravam cartazes dizendo ‘a oração não é um crime de pensamento’.

Com informações adfinternational.org

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