Promessa de vida eterna
A vida eterna nos é promessa de fé, consoante ao que expressamos no último artigo de nosso Credo. Porém, como obtê-la?
Redação (13/08/2024 18:37, Gaudium Press) “Eu sou o pão vivo descido do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente” (Jo 6,51).
Quem se aproxima deste banquete celestial terá a vida verdadeira (cf. Jo 6,48.50). Ora, que vida é esta? Poderia alguém viver eternamente?
Se admitirmos que os avanços tecnológicos e medicinais descobrem novas soluções para um prolongamento da vida humana, temos, de algum modo, certa garantia de que ainda cursaremos uma longa vida; mas de maneira alguma uma vida eterna…
Não obstante, muitos são os que procuram descobrir “a fórmula” para conceder ao homem, nesta vida, uma vida eterna… ou melhor dizendo, neste vale de lágrimas… Porém, esquecem-se eles de que a vida é um sopro e a sepultura, o nosso fim comum. Toda a vaidade e toda a fortuna adquiridas ao longo dos anos, com esforço e excessivo trabalho, passarão. Também o mundo oferece amiúde ocasiões para o uso desenfreado das paixões, visando de algum modo “anestesiar” a humanidade em suas carências, visto que a vida materialista e pecaminosa não traz a felicidade.
Então, que vida eterna é esta?
À procura do verdadeiro pão e da verdadeira vida
Deus criou o homem com a finalidade de amá-Lo, servi-Lo e reverenciá-Lo acima de todas as coisas e, por isso, cumula-o com copiosas graças para a obtenção de sua fidelidade e salvação. Infundiu nele a sede do infinito, a qual somente encontrará sua plena satisfação em Deus, seu fim último.
Ademais, com o advento de Nosso Senhor Jesus Cristo, foi-nos oferecida ainda uma imensa dádiva, que consiste em um alimento que nos conduz à verdadeira vida, isto é, ao Céu. Quem se aproxima dignamente deste pão celestial, a Eucaristia, com ardente fé e amor, será cumulado de graças e forças para enfrentar os falsos convites de um mundo divorciado de Deus, alcançando assim o convívio com os bem-aventurados, no Céu.
Trata-se, pois, de caminhar contra o “itinerário mundano”, trilhando as vias de Deus com retidão e inocência de alma, à busca da vida eterna.
Por isso, neste percurso, um único alimento é-nos essencial, a Eucaristia, penhor de nossa salvação. Peçamos a Nossa Senhora a obtenção das graças necessárias para a consecução deste fim, a vida eterna, através do convívio eucarístico, o qual, desde já, nos é vislumbre do sagrado convívio entre os bem-aventurados.
Por Guilherme Motta
Deixe seu comentário