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Prefeitos italianos defendendo religiosas da instrução do Cardeal Braz de Aviz?

Filippo di Giacomo registra, no Il Venerdì di Repubblica, o pranto das religiosas contemplativas italianas devido às disposições emanadas do dicastério da vida religiosa.

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Redação (07/03/2023 09:37, Gaudium Press) O site de notícias católicas italiano Il Seismografo registrou o que Filippo di Giacomo afirmou em Il Venerdì, órgão semanal da Repubblica, a respeito “das irmãs contemplativas italianas – religiosas de clausura – que  choram” por causa das disposições emanadas da instrução Cor orans, sobre a vida contemplativa feminina, a qual leva a assinatura do Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal Brasileiro Braz de Aviz.

“Já com a exortação apostólica Gaudete et exsultate de março de 2018 [as contemplativas] receberam uma advertência de um Papa que dizia “não ser saudável amar o silêncio e evitar o encontro com o outro, desejar o descanso e rejeitar a atividade, buscar a oração e desprezar o serviço .

Mas pouco depois, em abril, saiu a instrução Cor orans, que na avaliação de Di Giacomo é “um longo ucasse tão dilapidado em sua suposta legalidade que parece exagerado até para os tempos infelizes em que vive o direito canônico. O cerne do problema é a intenção perversa de anular a autonomia dos mosteiros”.

“Desde o século VI – continua Di Giacomo – o mundo de clausura das mulheres se autodeterminava livre e democraticamente, com sua própria Regra de Vida e as Constituições. Com a Cor Orans (antes, com Vultum Dei quaerere de 2016) os mosteiros são inseridos em um mecanismo burocrático feito para humilhar e degradar os mais ‘fracos’. Estes são esvaziados de suas economias, as irmãs dispersas e os imóveis, não raramente, sujeitos à especulação”.

Ele registra ainda que, nas “últimas semanas, diversos prefeitos estão defendendo as religiosas, queixando-se inclusive da privação de seus meios de subsistência”.

Di Giacomo ironizou dizendo que “na imprensa nacional há quem defenda que as mulheres estão entrando nos processos decisórios da Igreja. Parece piada, mas as mulheres de clausura não riem”.

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