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Petrópolis terá Igrejas fechadas no Natal, determina Justiça: Bispo protesta

“Para nós, cristãos, essa decisão judicial causou uma profunda chaga, por ter sido proferida exatamente na semana sagrada do Natal”.

“Para nós, cristãos, essa decisão judicial causou uma profunda chaga, por ter sido proferida exatamente na semana sagrada do Natal”.

Petrópolis (23/12/2020, 09:59, Gaudium Press) Dom Gregório Paixão, Bispo da Diocese de Petrópolis (RJ), manifestou sua “profunda indignação” e “protesto” diante de uma determinação da Justiça Federal que ordena que as igrejas da cidade sejam fechadas por causa da pandemia de Covid-19.

Protesto, profunda indignação, promessa de lutar por direitos

Em um vídeo distribuído pela Diocese, Dom Gregório Paixão declara seu protesto indignado a propósito da ordem de fechamento dos templos católicos em toda a cidade da região serrana:

Quero “deixar aqui minha palavra de profunda indignação e de protesto. Lutaremos, pelas vias adequadas, pelos nossos direitos”, expressou o Prelado sublinhando ainda que “a atividade religiosa é reconhecida como atividade essencial pela legislação vigente e se enquadra como garantia constitucional do cidadão”.

“Para nós, cristãos, essa decisão judicial nos causou uma profunda chaga, por ter sido proferida exatamente na semana sagrada do Natal”, afirmou Dom Gregório em suas declarações.

Prefeitura de Petrópolis publica decisão da Justiça sobre o fechamento imediato de templos religiosos

Com efeito, a Justiça Federal determinou no último dia 17 o fechamento de templos religiosos e bares em Petrópolis, tendo como alegação o atendimento a pedidos apresentados pelos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE), que sita como causa da decisão judiciária o alto índice de contaminação por coronavírus na região de Petrópolis e também uma alegada escassez de leitos de UTI na cidade serrana.

No dia 18 de dezembro, a Prefeitura de Petrópolis publicou no Diário Oficial do município a decisão da 2ª Vara Federal sobre o fechamento imediato de bares/congêneres e templos religiosos.
Além disso, recomendou que, para que a determinação fosse cumprida, deveriam ser comunicados sobre esta decisão os fiscais da Secretaria de Ordem Pública e o comando do 26º Batalhão da Polícia Militar.

“Para nós, cristãos, essa decisão judicial causou uma profunda chaga, por ter sido proferida exatamente na semana sagrada do Natal”.

Igreja Católica é referência na prevenção e combate à covid-19

Em suas declarações o Bispo de Petrópolis afirma que, “desde o início da pandemia”, as igrejas da diocese seguem “todas as recomendações dos governos federal, estadual e municipal”.

O Prelado destacou que “Basta visitar nossas igrejas para, facilmente, ser constatado que fizemos o que nos foi prescrito: uso de máscara, uso de álcool em gel, distanciamento social e aferição de temperatura. Proibimos, portanto, todo tipo de aglomeração. Os prédios das igrejas são continuamente higienizados”, citou, acrescentando que “obedientes, fizemos de modo sensivelmente diverso do que podíamos ver em muitos outros locais”.

Além disso, o Bispo de Petrópolis recordou também a atuação da Igreja Católica durante esses meses de pandemia, a serviço da população, sobretudo dos mais necessitados.

Se falei mal, mostra em que falei mal. Mas, se fiz o bem, por que me bates?

“Trabalhamos com muito afinco no combate ao vírus”, tanto que os protocolos de segurança da Diocese “se tornaram referência para outros segmentos da sociedade” e a mesma foi convidada “para integrar conselhos constituídos para o enfrentamento dessa emergência sanitária”, recordou Dom Gregório.

Ao finalizar sua manifestação, recordando os Evangelhos, Dom Gregório Paixão disse:

“Concluo com a palavra de Jesus, que, em João 18,23, disse para o soldado que o esbofeteava: ‘Se falei mal, mostra em que falei mal. Mas, se fiz o bem, por que me bates?’”. (JSG)

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