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Perseguição religiosa: Governo do Vietnã promove invasão de Mosteiro Beneditino

A perseguição comunista movida contra o Mosteiro da Colina das Cruzes visa deixar sem assistência religiosa 70 mil católicos vietnamitas.

A perseguição comunista movida contra o Mosteiro da Colina das Cruzes visa deixar sem assistência religiosa 70 mil católicos vietnamitas.

Redação (19/08/2020, 15:02, Gaudium Press) O governo de Thien Na, em Hue, no Vietnã, vem promovendo perseguição aos monges do mosteiro beneditino Doi Thanh Gia (A Colina das Cruzes). Parte de seu terreno já foi invadido e os monges estão ameaçados de expulsão da cidade.

A agencia católica de notícias Ásia News informou que em 10 de agosto, cerca de 40 pessoas invadiram o terreno do Doi Thanh Gia para insultar e ameaçar os monges que se encontravam no interior do Mosteiro, em seus as celas e no claustro. O grupo invasor era formado por autoridades do governo, funcionários e forças de segurança do Comitê Popular Municipal de Thuy Bang.
Desde o início de agosto eles ameaçam os monges com a intenção de expropriar as terras por meio de tentativas de saque, apropriação e revenda de terras para especuladores imobiliários.

Ainda segundo a Ásia News, na quinta-feira, 13 de agosto, outras 50 pessoas entraram no terreno do mosteiro para colocar postes e arame farpado, com a clara intenção de ocupar a área.

Apurou-se que alguns dos invasores pertenciam a gangues locais que se identificam por tatuagens características.

Perseguição religiosa que visa deixar 70 mil católicos sem sacerdote

Para os fiéis católicos da região, as autoridades provinciais de Thua Thien, Hue visam interferir na vida dos monges para provocar a saída da comunidade e assim deixar mais de 70 mil católicos sem clero.

Diante das ameaças, os monges responderam com um dia de oração e silêncio nos dias 10 e 11 de agosto, em meio às provocações, maldições e zombarias dos invasores.

Negação da liberdade religiosa

O superior da comunidade, Pe. André Trong Nguyen Van Tam, pediu às autoridades que ajam de maneira civilizada e respeitem o direito à liberdade religiosa.

Além disso, pediu também aos bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis que rezem pela paz do mosteiro frente à complicada situação que estão vivendo e exortou as organizações internacionais de direitos humanos a intervirem para proteger a verdade, a justiça e a paz do mosteiro.

Histórica e persistente Perseguição Religiosa do regime comunista

Esta não é a primeira vez que o governo ameaça a comunidade beneditina. Em 1975, o regime comunista “tomou” 57 hectares de terras do mosteiro e entregou-as a uma empresa florestal.

Em 2000, o regime tomou outra parte do terreno e entregou a uma empresa de turismo, mas permitiu aos beneditinos ficarem com seis hectares incluindo o mosteiro, atualmente ameaçado.

Em 2017, 200 pessoas, entre policiais e sujeitos armados com facas, barras de ferro e paus, atacaram o mosteiro e destruíram uma cruz e uma imagem de Jesus pela terceira vez em dois anos.

Da mesma forma, em 2018, o governo pressionou as religiosas das Irmãs de São Paulo em Hanói e as Adoradoras da Santa Cruz em Saigón para expropriar seus conventos.

Os terrenos do convento em Hanói foram confiscados pelo governo comunista em 1954. Parte dele foi devolvido quando as religiosas abriram um dispensário para os pobres, um lar para órfãos e um abrigo para meninas.

No entanto, em maio de 2018, o Governo deu início à construção ilegal de um complexo comercial no terreno. (JSG)

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