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Perseguição religiosa fez Iraque perder 80% dos cristãos

A discriminação contra os católicos no Iraque continua até hoje, mesmo após derrota do autoproclamado Estado Islâmico.

 A discriminação contra os católicos no Iraque continua até hoje, mesmo após derrota do autoproclamado Estado Islâmico.

Redação (27/02/2021, 14:00, Gaudium Press) Um documentário produzido pela organização “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) sobre o “êxodo” dos cristãos no Iraque destaca que as comunidades cristãs diminuíram em mais de 80% desde 2003.

O Iraque, como se sabe, é o país que o Papa visitará de 5 a 8 de março próximo.

A discriminação contra os católicos estende-se até com relação ao atual esforço de reconstrução do país

A AIS sublinha que a discriminação contra os católicos e os cristãos de uma maneira geral, estende-se até com relação ao atual esforço de reconstrução, depois que o autoproclamado Estado Islâmico foi derrotado no Iraque.

Em um estudo elaborado e distribuído à imprensa informa-se que “Enquanto centenas de ONGs trabalham a partir de Mossul e Erbil, poucas trabalham em áreas cristãs, principalmente devido à percepção de que os cristãos são mais instruídos e têm melhores recursos do que outras comunidades no Iraque”.

A organização “Ajuda à Igreja que Sofre” considera em seu documentário que os cristãos, juntamente com os membros da etnia dos yazidis, “têm sido as maiores vítimas de agressão nos últimos 17 anos, e merecem uma parte dos recursos que estão a ser investidos no Iraque”.

Segundo a fundação pontifícia, além da violência, há fatores que promovem a emigração dos cristãos do Iraque, como o aparecimento de novos movimentos islâmicos radicais e a “recusa dos direitos de cidadania plena” aos cristãos.

Até 2003, os cristãos no Iraque eram 1,5 milhões, hoje são pouco mais de 250mil

Até 2003, antes da Segunda Guerra do Golfo, viviam no Iraque 1,5 milhões de cristãos. Hoje o número de cristãos é de 250 mil. Ou seja, uma diminuição de mais de 80% da antiga população.

É bom recordar também que a partir de 2004 iniciou-se uma série de atentados contra igrejas cristãs que se agravou ainda mais, em 2014, com os ataques do denominado ‘Estado Islâmico’, quando muitos cristãos se refugiaram no norte do país, onde vive uma população majoritariamente membros da etnia curda.

Presença cristã no Iraque

O Cristianismo está presente no território iraquiano desde o século I.

Muitos lugares do Iraque são citados nas Sagradas Escrituras. Por exemplo, já no primeiro livro da Bíblia destaca-se a cidade de Ur, terra natal de Abraão e que o Papa deverá visitar. (JSG)

(Foto-Passapalavra.info)

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