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Perseguição aos cristãos na Ásia aumentará em 2023, aponta relatório

“A perseguição aos cristãos tem aumentado nos últimos anos. 2023 parece destinado a continuar essa tendência”, afirmou Paul Robinson, da Release International.

Perseguicao aos cristaos na Asia aumentara em 2023 aponta relatorio

Foto: Divulgação/Release International.

Redação (10/01/2023 12:41, Gaudium Press) A perseguição aos cristãos na Ásia aumentará em 2023, é o que assegura o relatório intitulado “Tendências de perseguição 2023”, apresentado pela Release International, grupo que tem por objetivo apoiar cristãos que são perseguidos por sua Fé em todo o mundo.

De acordo com o documento, ao longo deste ano, os cristãos de sete nações asiáticas sofrerão ainda mais com esses ataques. Nesta lista estão os seguintes países: China, Coreia do Norte, Índia, Paquistão, Afeganistão, Malásia e Irã.

O cristianismo está sendo tido como inaceitável na China

O relatório alerta aos chineses sobre o amplo controle imposto pelo presidente Xi Jinping sobre os cristãos do país, rotulando-os como antipatrióticos em suas mensagens oficiais e também destaca os inúmeros líderes e seguidores cristãos presos na China.

“O governo de Xi Jinping quer controlar tudo, e atualmente o cristianismo não está totalmente sob seu controle. O cristianismo está sendo retratado como inaceitável para um país ateu e comunista, em vez de uma crença aceitável, mas minoritária”, diz o relatório.

Além disso, vários cristãos estão sendo acusados pelo governo comunista chinês de promoverem atividades religiosas ilegais. Pequim também convida seus cidadãos para que denunciem às autoridades pessoas envolvidas em atividades religiosas de crença cristã.

Coreia do Norte: o país mais severo aos cristãos no mundo hoje

No documento também se fala da Coreia do Norte, rotulando o país como o “perseguidor mais severo dos cristãos no mundo hoje”. Segundo a Release International, o regime de Kim Jong-un vê o cristianismo como uma ferramenta usada pelas potências ocidentais para colonizar outros países e “continua a educar o público sobre os ‘perigos’ do clero, missionários e Bíblias”.

Também se destaca a repressão aos desertores cristãos norte-coreanos que se refugiam na China. De acordo com o relatório, as autoridades chinesas manifestaram sua intenção de deportar os desertores para a Coreia do Norte, onde provavelmente serão interrogados sobre sua frequência à igreja, interação missionária e recebimento de Bíblias.

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Foto: Divulgação/Release International.

Mais de 700 ataques contra missionários na Índia nos últimos dois anos

Ao tratar da Índia, o relatório afirma que os ataques contínuos a missionários cristãos de grupos nacionalistas hindus seguem aumentando. Apenas em 2021, foram registrados cerca de 500 ataques, e nos cinco primeiros meses de 2022 os cristãos do país relataram outros 200.

Desde 2014 foram implementadas várias leis anti-conversão em dez estados da Índia. Apesar disso, cristãos e outros grupos minoritários reclamaram que esta lei é muitas vezes utilizada contra grupos cristãos por motivações políticas.

Rotina de ataques e ameaças contra cristãos no Paquistão

Os cristãos do Paquistão enfrentam “ataques e ameaças frequentes, incluindo acusações de blasfêmia, assassinatos seletivos, violência de turbas, conversões forçadas e destruição de locais de culto e sepulturas”.

Malásia, Irã e outras nações de maioria muçulmana também foram citadas como locais onde os cristãos enfrentam restrições e dificuldades sob leis rigorosas que proíbem a prática de sua Fé. “Muitos cristãos afegãos fugiram do país ou vivem temporariamente em países vizinhos, como Paquistão ou Irã, enquanto os que permanecem se esconderam”, conclui o relatório. (EPC)

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