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Pequim: Atividades religiosas na internet só serão permitidas após autorização do governo

A decisão faz parte das medidas adotadas pelo governo comunista chinês na intenção de controlar a liberdade religiosa cada vez mais oprimida no país.

Pequim Atividades religiosas na internet so serao permitidas apos autorizacao do governo

China – Pequim (20/12/2021 15:30, Gaudium Press) A administração estatal de assuntos religiosos da China anunciou esta semana que a partir do dia 1º de março de 2022 não será permitido realizar qualquer tipo de atividade religiosa na internet sem a autorização do governo.

Melhorar o controle “democrático” sobre as religiões

A decisão faz parte das “Medidas administrativas para os serviços de informação religiosa na Internet”, aprovadas pelo Conselho de Estado chinês em colaboração com o ministério de Segurança do Estado e outros ministérios.

Esta nova ofensiva contra a liberdade religiosa é um reflexo das diretrizes do presidente chinês e secretário geral do Partido Comunista, Xi Jinping, que no início de dezembro, durante uma conferência religiosa nacional, anunciou sua intenção de melhorar o controle “democrático” sobre as religiões, o que significa endurecer a repressão religiosa.

Publicação de informações religiosas na internet

Segundo declarou o governante chinês, as religiões devem se adaptar ao fato de que a China é um país socialista. Os fiéis devem se unir em torno do Partido e do governo, rejeitando toda influência estrangeira.

Organizações e pessoas que desejem publicar informações religiosas na internet deverão apresentar um pedido ao Departamento de Assuntos Religiosos. Além disso, sermões, pregações, cerimônias e atividades religiosas de formação só poderão ser transmitidas na internet após uma licença específica.

Celebrações natalinas são proibidas

De acordo com a AsiaNews, por conta da sinização da religião, promovida na China, processo iniciado em 2015, até as celebrações natalinas em algumas escolas foram proibidas. O motivo da proibição é simples: esta é uma “festa ocidental”, sendo uma ameaça para a cultura nacional chinesa.

O regime comunista considera que, no último ano, a multiplicação de eventos relacionados com o ‘Silent Night’ – termo chinê para a véspera de Natal – e o dia de Natal, constituem uma agressão contra a cultura chinesa. Os cidadãos chineses são convidados a denunciar à polícia casos de celebrações natalinas. (EPC)

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