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Pauline Jaricot, fundadora do Rosário Vivo e das Obras Pontifícias Missionárias será beatificada

Conhecida como a “mãe das missões”, a venerável Pauline Jaricot será beatificada no próximo dia 22 de Maio em Lyon, França.

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França – Lyon (quarta-feira 06/10/2021 19:20, Gaudium Press) Conforme anunciado por Gaëtan Boucharlat, secretário geral das Obras Pontifícias Missionárias (OPM), a cerimônia de beatificação de Pauline Jaricot, fundadora das OPM, acontecerá no dia 22 de maio de 2022, em Lyon.

A Santa Missa será celebrada pelo Cardial Luis Antônio Tagle, prefeito da Congregação para a Evangelização dos povos, dicastério que se ocupa das OPM.

Pauline Jaricot nasceu em 1799 de uma rica família de empresários de seda, em Lyon, na França. Pauline é a caçula de 7 irmãos e vai crescer dentro de um ambiente católico de partilha e ajuda ao próximo. 

Quem é Pauline Jaricot?

Aos 17 anos, Pauline fez o voto de castidade diante de Nossa Senhora de Fourvière no Natal de 1816. Embora tendo feito o voto, Pauline continuou leiga e sem pretensão de ingressar em uma ordem religiosa. Pauline vai dedicar sua vida à caridade. 

Em 1817, Pauline fundou com um grupo de operárias das fábricas de seda “As reparadoras do Coração de Jesus, desconhecido e desprezado”.

No ano seguinte, Pauline tomou conhecimento da situação econômica precária das Missões na China que eram levadas a cabo pelos Padres das Missões estrangeiras de Paris, na Rue de Bac. 

Fundação da Obra de “Propagação da Fé” e do “Rosário Vivo”

Pauline junto com as Reparadoras vão criar um sistema de doação que visa contribuir para o desenvolvimento das missões; baseado em  grupos de 10 pessoas, e cada pessoa por sua vez formando um grupo de mais 10 pessoas e assim sucessivamente.

Pauline chegou a ter milhares de associados com o compromisso de ajudar com uma contribuição semanal a fim de sustentar as Missões.

Nascia assim a Obra da Propagação da Fé, posteriormente transformada nas Obras Pontifícias Missionárias, conforme solicitação do Papa Pio IX, em 1862.

Com base no mesmo sistema de coleta, Pauline fundou o “Rosário Vivo”, que consiste em um grupo de 15 pessoas, onde cada um é responsável pela recitação de um mistério do Rosário.

Preocupação com os operários

Ao longo de toda sua vida, Pauline vai se preocupar com a situação dos operários seja espiritual e material. De fato, em 1845 ela usou toda sua fortuna para comprar a usina de Nossa Senhora dos Anjos, onde os operários pudessem ter condições dignas de trabalho ao lado de uma vida católica bem levada.

Infelizmente, os responsáveis pelo gerenciamento financeiro da usina agiram de má-fé e desviaram boa parte do dinheiro adquirido. Pauline tentou reerguer a usina, mas os processos judiciais sobre o seu negócio não permitiram que seus planos vingassem.

Morte na falência e abandonada

Pauline se considerou traída e viu seus desejos ruírem. Arruinada financeiramente e doente Pauline não cessa de se preocupar com o próximo. Na manhã de 9 de janeiro de 1862, Pauline faleceu na miséria e foi enterrada no túmulo da família, apenas os operários mais próximos participaram do funeral. Atualmente seus restos mortais se encontram na igreja de Saint-Nizer, em Lyon.

O Processo de Canonização de Pauline Jaricot, foi aberto a pedido do Papa Pio XI em 1926. Declarada Venerável por João XXIII em 1968, Pauline será beatificada no próximo mês de Maio de 2022. (FM)

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