Parlamentar polonês quer proibir a confissão sacramental para menores de 16 anos
Para o Arcebispo de Poznań, a aprovação desta petição seria uma repetição do que se viveu durante a era estalinista, quando as crianças não podiam ser batizadas.
Foto: Pixabay/Rudy and Peter Skitterians.
Poznan – Polônia (15/01/2025 12:15, Gaudium Press) O Arcebispo de Poznań e ex-presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki, condenou uma petição apresentada por Rafał Piotr Betlejewski ao Parlamento polonês, na qual é solicitada a proibição da confissão para menores de 16 anos.
De acordo com o prelado, isso seria uma repetição do que se viveu durante a era estalinista, quando as crianças não podiam nem sequer receber o sacramento do Batismo antes de completarem a maioridade. “Só mais tarde, e apenas os que resistiram à pressão anti-eclesiástica, é que puderam se confessar”, ressaltou.
“Uma experiência de humilhação e medo”
Na petição, que já reuniu mais de 13 mil assinaturas, o ator e influenciador Rafał Betlejewski al Sejm argumenta que a confissão supõe “uma experiência de humilhação e medo, um evento traumático e desagradável que as crianças não desejam e contra o qual não podem se defender”. Ele descreve este sacramento como “uma relíquia medieval”.
Em 2023 a mesma petição foi apresentada, porém foi rejeitada por não cumprir com os requisitos formais. Porém, em 16 de outubro de 2024, Betlejewski voltou a registrá-la, desta vez atendendo as exigências necessárias, apesar de parecer certo que ela não será aprovada.
A formação de uma pessoa começa desde o seu nascimento
Em dezembro, o Arcebispo de Varsóvia, Dom Adrian Galbas, qualificou esta iniciativa como “absurda e estranha”. Já para Dom Stanisław Gądecki, esta proposta é um total absurdo. “É difícil compreender que numa cultura cristã, onde a Confissão existe há quase dois mil anos, alguém de repente propusesse proibi-la às crianças”, criticou.
O religioso ressaltou que as crianças precisam de educação em todas as fases do seu desenvolvimento. “É fundamental permitir que se confessem, porque a formação de uma pessoa começa desde o seu nascimento e não a partir dos 16 anos. Todos os sacramentos moldam a pessoa gradualmente, camada por camada, ano após ano”, argumentou. (EPC)
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