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Para abortistas a “matança de inocentes faz parte do progresso”, diz Episcopado Dominicano

Abortistas propagam a ideia de que o direito à vida não é inviolável desde a concepção até a morte e afirmam que a matança de inocentes faz parte do progresso.

 

Abortistas propagam a ideia de que o direito à vida não é inviolável desde a concepção até a morte e afirmam que a matança de inocentes faz parte do progresso.
São Domingos – República Dominicana (11/01/2021, 13:30, Gaudium Press) A propósito de uma anunciada reabertura do debate sobre as causas do aborto, a Conferência do Episcopado Dominicano publicou um comunicado recordando a doutrina da Igreja sobre este ponto e assinalando que a Constituição do país é incompatível com a legalização do crime da matança de inocentes.

A Declaração dos bispos da República Dominicana ressalta alguns pontos oportunos de serem relembrados e difundidos.
Inicialmente os pastores da Igreja Católica na República Dominicana destacam que após um ano tão difícil como foi 2020, quando a pandemia da covid-19 castigou a população e trouxe tanto luto, surge no horizonte ainda carregado de brumas a promessa da discussão no fórum nacional de um ponto que tanto confunde a população: o aborto.
Uma temática tratada com a intenção de promover a morte de milhares de nascituros baseando-se em apelativos eufemísticos que conduzem à ideia de que matar indefesos inocentes faz parte do progresso.

“Nossa intenção, dizem os prelados dominicanos, não é apresentar uma nova doutrina, mas enfatizar o que sempre dissemos sobre ela, em linha com o Magistério da Igreja Católica”.

A Nação Dominicana está indissoluvelmente unida a Deus, ao Deus da vida, ao Deus do amor

No seu comunicado, os bispos afirmam que “a Nação Dominicana está indissoluvelmente unida a Deus, ao Deus da vida, ao Deus do amor”.
O lema nacional “Deus, Pátria e Liberdade” coloca Deus como o centro dos valores nacionais. Quando tratamos da vida humana, nós, cristãos, a entendemos como um dom de Deus, tendo sido criados “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26).
Em nosso país, recordam os prelados, a vida é o primeiro direito civil mencionado em nossa Constituição: “O direito à vida é inviolável desde a concepção até a morte.”

A vida é um direito anterior a toda legislação, sem vida não há possibilidades de usufruir de nenhum outro direito

De acordo com nossa própria Constituição, o Estado não pode aplicar a pena de morte mesmo aos piores infratores, pois diz: “Em nenhum caso a pena de morte pode ser fixada, pronunciada ou aplicada”.
Então, como aceitar que em nosso país o aborto seja consagrado, nas chamadas três causas, em que se mata criaturas inocentes, o nascituro?

A supremacia constitucional –lembram os bispos– é imposta tanto aos governantes quanto aos governados: “Qualquer lei, decreto, resolução, regulamento ou ato contrário a esta Constituição é nulo e sem efeito” (art. 6º).
Incorporar o aborto em nossa legislação, em qualquer circunstância, é uma flagrante violação constitucional, aprovar princípios que levam ao aborto seria uma violação grave do direito à vida, destacam os bispos no comunicado recentemente publicado.

A criança no ventre da mãe tem uma vida individual, com identidade genética própria e comprovada singularidade e irrepetibilidade: é um ser humano

Os Bispos dominicanos destacam que a ciência mostra que a criança no ventre da mãe tem uma vida individual, com identidade genética própria e comprovada singularidade e irrepetibilidade.
Os Prelados sublinham que o nascituro não é uma vida parcial, que em seu processo de desenvolvimento se tornará um ser humano, mas se desenvolve desde o início como um ser humano.
Com o avanço da medicina –recordam– está sendo mostrado com cada vez mais precisão que existe vida humana desde o momento da concepção.

Pretendem repetir Herodes e antigas religiões que sacrificavam inocentes

Os bispos citam o Papa que lembra que o aborto faz parte do que ele mesmo chama de cultura do descarte.
Em tempos de ignorância, o sacrifício de crianças fazia parte da atividade de antigas religiões e culturas que, de maneira cruel e errônea de buscar vitórias na guerra ou nas chuvas e nas boas colheitas, assassinavam seus filhos indefesos.
Hoje o espírito do perverso de Herodes, vitimador de inocentes, continua presente em Congressos, Governos e Organizações Internacionais de apoio à cultura do hedonismo e do materialismo, que tanto destrói o ser humano., diz o comunicado.

É indignante ver seres humanos celebrar o fato de que uma mãe possa assassinar seu próprio filho, e que faça disso um direito

Os Bispos dominicanos afirmam-se chocados por saber que “em nossa sociedade há quem pense que sacrificar crianças inocentes sob nomes eufemísticos como uma decisão sobre o próprio corpo, direitos sexuais e reprodutivos podem ser vistos como parte de um autêntico progresso”.
Para os Prelados, “Causa perplexidade e indignação ver seres humanos que celebram o fato de que uma mãe pode assassinar seu próprio filho, e que se pretende fazer disso um direito”.

Falsos argumentos eufemísticos para defender a matança de inocentes

Os bispos recordam em seu comunicado argumentos improcedentes, slogans bem estudados para promover o aborto.
Entre eles aquele em que se alega perigo à vida da mãe, erroneamente denominado “aborto terapêutico”.

Para este ponto, os Bispos esclarecem:
“O termo “terapêutico” é utilizado para fins de confusão.
“Na medicina, esse termo significaria “cura”, mas neste caso o aborto não é uma terapia nem cura absolutamente nenhuma doença.
Além disso, a ética médica indica que, no caso de complicações na gravidez, esforços proporcionais devem ser feitos para salvar a mãe e o filho e nunca ter a morte premeditada de uma delas como saída. ”

Os Prelados tratam dos casos de “gravidez resultante de estupro”. É o estupro utilizado para sensibilizar o público a favor do aborto

Para eles, “estimular a mãe a desabafar sua frustração ou raiva deslocando-a em vingança contra seu próprio filho, só produz impactos com resultados muito negativos e atitudes autodestrutivas na mente”.
“É óbvio que o crime hediondo de estupro é utilizado para sensibilizar o público a favor do aborto, apresentando como agressor a criança inocente de uma possível concepção brutal. ”

Eugenia, o argumento que defende o aborto por motivos de defeito no feto

No comunicado os refutam o argumento que favorece o aborto nos casos defeito físico da criança ou por suspeita dele, conhecido como “aborto eugênico”, que se baseia no falso postulado de que só “os sãos” são os que devem estabelecer o critério de valor de quando uma vida vale ou não, teríamos motivos suficientes para matar o deficiente já nascido. (JSG)

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