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Paquistão: organizações civis pedem liberação de cristão acusado falsamente de blasfêmia

No Paquistão um cristão de 44 anos de idade está preso acusado de blasfemar contra o Alcorão. Várias organizações civis denunciam a injustiça contra ele e pedem por sua liberação

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Redação (28/06/2022 08:15, Gaudium Press) Rehmat Masih, paquistanês cristão de 44 anos, está na prisão desde janeiro acusado de ter profanado o Alcorão.

O Paquistão é um país de maioria muçulmana e pune com rigor qualquer tipo de blasfêmia contra o Alcorão.

Contudo, “a lei sobre a blasfêmia é deturpada e usada para prejudicar o outro”, explicou Joseph Jansen, presidente da ONG “A voz da justiça” à Agência Fides.

Rehmat Masih é acusado de blasfêmia

Rehmat Masih foi acusado de blasfêmia no dia 3 de janeiro de 2022, porém não há nenhuma prova contra o acusado.

Ele é acusado de ter sujado e profanado as páginas do Alcorão e de outros livros do islamismo.

“O homem foi espancado e torturado para obter uma confissão por um crime que não cometeu. Ao mesmo tempo, sua família está se mudando para uma cidade mais segura”, explicou o presidente de “A voz da justiça”.

Funcionário em uma editora de livros islâmicos

Rehmat Masih trabalhava há mais de 20 anos como faxineiro na Zam Zam Publishers, uma editora de livros islâmicos conhecida mundialmente.

A história de sua prisão começou quando a polícia paquistanesa recebeu um vídeo que mostrava algumas páginas do Alcorão no esgoto, no dia 25 de dezembro de 2021.

Os agentes iniciaram um relatório de informação inicial como prevê a lei do país, mesmo que não haja suspeitos.

Acusado sem provas

No dia 28 de dezembro, quando retomou os trabalhos, Rehmat Masih foi interrogado pela direção da empresa sobre as páginas atiradas no esgoto.

O funcionário disse que não tinha conhecimento do ocorrido. Ainda assim, a diretoria disse à polícia que Rehmat Masih havia reconhecido seu crime.

Foi então que desde o dia 3 de janeiro, Rehmat Masih está retido acusado de blasfêmia. No dia 24 de janeiro, o tribunal recusou a fiança por sua liberação.

Organizações pedem a liberação de Rehmat Masih

Na audiência mais recente, de 31 de maio, Rehmat Masih se declarou inocente das acusações que lhe imputam.

Várias organizações civis se manifestam contra a prisão de Rehmat Masih e exigem sua liberação imediata.

Segundo o Centro para a Justiça Social, de 1987 a 2021, 1949 pessoas foram acusadas de blasfêmia no Paquistão.

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