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Paquistão: homem linchado por “blasfêmia”

Diretor de fábrica foi espancado até a morte acusado de cometer “blasfêmia”.  

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Redação (04/12/2021 12:05, Gaudium Press) Uma multidão espancou até a morte um diretor de fábrica do Sri Lanka e queimou seu corpo, acusando-o de profanar um pôster islâmico na província de Punjab, no Paquistão.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram manifestantes chutando um homem sem roupas e, posteriormente, entoando slogans  islâmicos ao redor de seu corpo em chamas.

A polícia identificou a vítima como Priyantha Kumara, gerente geral da Indústria Rajco em Sialkot. Ele foi acusado de rasgar um pôster, que estava na parede da fábrica, contendo saudações a Maomé .

Blasfêmia é uma acusação séria no Paquistão, e mesmo a mais leve sugestão de um insulto ao Islã pode desencadear protestos e incitar linchamentos.

O primeiro-ministro Imran Khan disse que estava supervisionando a investigação sobre “o horrível ataque”, o qual chamou de “um dia de vergonha para o Paquistão”.

Usman Buzdar, o ministro-chefe do Punjab, expressou sua indignação com o “incidente horrível” e instruiu o inspetor-geral da província a investigá-lo.

Com efeito, Khurram Shehzad, um porta-voz da polícia disse que até 120 pessoas foram presas, incluindo um dos principais acusados.

A polícia declarou que o gerente foi morto depois de rumores de que “o gerente cometeu blasfêmia”.

“O boato se espalhou na fábrica de que o gerente havia rasgado um pôster ‘religioso’ e jogado na lata de lixo”, disse Zulfiqar Ali, um policial da região à agência de notícias AFP.

Quando se insulta o Cristianismo é liberdade de expressão?

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