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Papa no Angelus: a Eucaristia gera e renova a Igreja

Durante a recitação da oração mariana do Angelus deste domingo, solenidade do Corpo de Deus, o Papa tratou do “efeito místico e comunitário da Eucaristia”.

Durante a recitação da oração mariana do Angelus deste domingo, solenidade do Corpo de Deus, o Papa tratou do “efeito místico e comunitário da Eucaristia”.

Cidade do Vaticano (15/06/2020 14:50, Gaudium Press) Logo após a celebração da Santa Missa na Basílica de São Pedro, no domingo da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, o Papa Francisco rezou o Angelus desde a janela do Palácio Apostólico ainda com poucos fiéis reunidos na Praça São Pedro.

Na Eucaristia, “mesmo sendo muitos, somos um só pão e um só corpo”

O Papa centralizou suas reflexões na segunda leitura da liturgia do domingo, onde São Paulo descreve a celebração eucarística, que “dá ênfase em dois efeitos do cálice compartido e o pão partido”, ou seja, “o efeito místico e o efeito comunitário”.

‘Não é o cálice da bênção que abençoamos, comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo?’

Estas palavras – disse o Papa – expressam o efeito místico ou espiritual da Eucaristia: trata-se de união com Cristo, que se oferece em pão e vinho para a salvação de todos. Jesus está presente no sacramento da Eucaristia para ser nosso alimento, assimilar e tornar-se em nós aquela força renovadora que nos devolve a energia e o desejo de voltar à estrada após cada pausa ou queda.
Mas isso requer nosso consentimento, nossa vontade de nos deixar transformar, nossa maneira de pensar e agir; caso contrário, as celebrações eucarísticas das quais participamos são reduzidas a ritos vazios e formais.

“Muitas vezes alguém vai à missa, porque tem que ir “como um ato social”, respeitoso, mas social. Mas o mistério é outra coisa: é Jesus presente que vem nos alimentar. ”

“Porque, mesmo sendo muitos, somos um só pão e um só corpo”: o efeito comunitário da Eucaristia é expresso nessas palavras. Francisco explicou que se trata da comunhão mútua dos que participam da Eucaristia, até o ponto de se tornar um corpo, assim como o pão que é quebrado e distribuído.

Duplo fruto da Eucaristia: união com Cristo e comunhão entre os que comungam

Para Francisco, a comunhão com o corpo de Cristo é um sinal eficaz de unidade, de comunhão, de compartilhar.
Para o Papa, não se pode participar da Eucaristia sem se comprometer com uma fraternidade mútua que seja sincera. Mas, disse ele, o Senhor sabe muito bem que somente nossa força humana não é suficiente para isso.
Ele sabe também que entre seus discípulos sempre haverá a tentação de rivalidade, de inveja.
Por isso também nos deixou o Sacramento de sua presença real, concreta e permanente, para que, permanecendo unidos a ele, possamos sempre receber o dom do amor fraterno.
“Fique no meu amor”, disse Nosso Senhor; e isso é possível graças à Eucaristia.

A união com Cristo e a comunhão entre os que se alimentam Dele é o “duplo fruto da Eucaristia”, afirmou Francisco, uma vez que “gera e renova continuamente a comunidade cristã”.

Acolher com gratidão o grande dom que Jesus nos deixou: o sacramento de seu Corpo e Sangue

É a Igreja que faz a Eucaristia, mas é mais fundamental que a Eucaristia faça a Igreja, e permita que ela seja sua missão, mesmo antes de cumpri-la.

“Este é o mistério da comunhão, da Eucaristia: receber Jesus para nos transformar desde o interior e receber Jesus para nos tornar unidade e não divisão”.

“Que a Santa Virgem”, concluiu, “ajude-nos a sempre acolher com espanto e gratidão o grande presente que Jesus nos deu, deixando-nos o sacramento de seu corpo e sangue. (JSG)

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