Papa na Audiência Geral: louvar ao Senhor é como respirar oxigênio puro
Louvar é como respirar oxigênio puro que nos purifica a alma, nos faz olhar distante e anão permanecer aprisionados no momento escuro de dificuldade.
Cidade do Vaticano (13/01/2021, 12:15, Gaudium Press) O tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral, desta quarta-feira (13/01) foi “A oração de louvor”.
A Audiência Geral foi realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico, ainda como precaução para evitar o contágio do coronavírus.
E, para falar sobre a dimensão do louvor, o Pontífice se inspirou “numa passagem crítica da vida de Jesus”:
Francisco comentou que “Depois dos primeiros milagres e da participação dos discípulos no anúncio do Reino de Deus, a missão do Messias sofre uma crise. João Batista duvida, e lhe faz chegar esta mensagem. João está na prisão: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’.”
Para o Papa, João Batista “sente esta angústia por não saber se errou no anúncio. Existem na vida momentos sombrios, momentos de noites espirituais e João está passando por esse momento”.
Na crise, na escuridão da alma de muitas pessoas, como João Batista, Jesus bendiz o Pai, Jesus louva o Pai
O Pontífice continuou explicando que “Há hostilidade nas aldeias perto do lago, onde Jesus tinha realizado muitos sinais prodigiosos.
Naquele momento de desilusão, Mateus relata um acontecimento surpreendente: Jesus não eleva ao Pai uma lamentação, mas um hino de júbilo:
“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.
E Francisco comentou que Em plena crise, em plena escuridão na alma de muitas pessoas, como João Batista, Jesus bendiz o Pai, Jesus louva o Pai”.
A humildade faz brotar o louvor, leva a louvar a Deus
O Papa comentou que, primeiramente, Jesus louva o Pai pelo que é: “Pai, Senhor do céu e da terra”.
De acordo com Francisco, “Jesus rejubila-se no seu espírito porque sabe e sente que o seu Pai é o Deus do universo e, vice-versa, o Senhor de tudo o que existe é Pai, “meu Pai”.
O louvor brota desta experiência de sentir-se “filho do Altíssimo”: Jesus se sente filho do Altíssimo.”
No futuro do mundo e Igreja há os “pequeninos”: os que não se consideram os melhores e estão conscientes de seus limites e dos seus pecados…
A seguir, Francisco acrescentou: “Também nós devemos nos regozijar e louvar a Deus porque as pessoas humildes e simples aceitam o Evangelho. Quando vejo as pessoas simples, pessoas humildes que vão em peregrinação a rezar, que cantam, que louvam, pessoas às quais que talvez faltam muitas coisas, mas a humildade faz com que louvem a Deus.
“No futuro do mundo e nas esperanças da Igreja há os “pequeninos”: aqueles que não se consideram melhores do que os outros, que estão conscientes dos próprios limites e dos seus pecados, que não querem dominar os outros, que em Deus Pai se reconhecem todos irmãos.”
Para quem é útil a prece de louvor?
“Para quem é útil o louvor? Para nós ou para Deus?”, perguntou o Papa.
“A prece de louvor é útil para nós”, afirmou Francisco.
A oração de louvor “deve ser praticada não só quando a vida nos enche de felicidade, mas sobretudo nos momentos difíceis, momentos sombrios quando o caminho é íngreme.
Aprendemos que através daquela escalada, daquele caminho cansativo, daquelas passagens desafiadoras, chegamos a ver um novo panorama, um horizonte mais aberto”.
Louvar é como respirar oxigênio puro: purifica a alma e nos faz olhar distante, não aprisiona
“Louvar é como respirar oxigênio puro que nos purifica a alma e nos faz olhar distante, e a não permanecer aprisionados no momento escuro de dificuldade.”
O exemplo de Jesus e dos santos ao louvar nos momentos difíceis nos abrem as portas de um caminho rumo ao Senhor
“Estes exemplos dos santos, dos cristãos e também de Jesus de louvar a Deus nos momentos difíceis nos abrem as portas de um caminho muito grande rumo ao Senhor. Nos purificam sempre. O louvor purifica sempre”, sublinhou Francisco.
“Os Santos e as Santas nos mostram que podemos louvar sempre, nos momentos bons e maus, porque Deus é o Amigo fiel, este é o fundamento do louvor. Deus é o Amigo fiel e o seu amor nunca desilude. Ele está sempre junto de nós. Ele nos espera sempre. Alguém disse que é a sentinela perto de nós que nos faz ir adiante com segurança. Nos momentos difíceis e sombrios tenhamos a coragem de dizer: ‘Louvado seja o Senhor’ e isso nos fará bem”, concluiu o Papa. (JSG)
Deixe seu comentário