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Papa Francisco: sempre encontramos motivos para culpar os outros e nos justificar

Francisco pede às pessoas que reflitam sobre seu olhar e suas palavras.  

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Redação (28/02/2022 16:07, Gaudium Press) No Ângelus dominical, o Papa Francisco meditou sobre a leitura do Evangelho do dia, que narra a parábola do cisco nos olhos dos outros e da trave no seu próprio, exemplificando, assim, o Senhor aquela tendência do ser humano de focalizar ou ampliar os defeitos dos irmãos enquanto olha com indiferença para os seus próprios.

Ou seja, “estamos muito atentos aos defeitos dos outros, mesmo os pequenos como um cisco, e ignoramos serenamente os nossos, dando-lhes pouco peso”, explicou Francisco.

“Sempre encontramos motivos para culpar os outros e nos justificarmos. E, muitas vezes, reclamamos de coisas que não funcionam em nossa sociedade, na Igreja, no mundo, sem primeiro nos questionarmos e sem nos comprometermos a mudar, antes de tudo, de nós mesmos”, insistiu o Papa.

Se cairmos nessa situação, sofremos de “olhar cego”. “E se somos cegos não podemos pretender ser guias e mestres para os outros: de fato, um cego não pode guiar outro cego”.

Como se abre a misericórdia do Senhor

Ao contrário, devemos olhar “para dentro de nós mesmos para reconhecer nossas misérias, porque se não formos capazes de ver nossos próprios defeitos, estaremos sempre inclinados a ampliar os dos outros. Em vez disso, se reconhecermos nossos erros e nossas misérias, a porta da misericórdia se abre para nós”.

Devemos imitar Jesus Cristo, e para isso é preciso “olhar para os outros como Ele o faz, que não vê antes de tudo o mal, mas o bem”, Deus não vê em nós erros irremediáveis e está sempre disposto a perdoar.

Sobre o modo de falar, o Papa meditou sobre a expressão “a boca fala da abundância do coração”.

“As palavras que usamos dizem quem somos. Porém, às vezes, prestamos pouca atenção às nossas palavras e as usamos superficialmente. Mas as palavras têm peso: permitem expressar pensamentos e sentimentos, dar voz aos medos que sentimos e aos projetos que queremos realizar, abençoar a Deus e aos outros”, ressaltou Francisco.

Com palavras podemos também “destruir os irmãos: as fofocas machucam e as calúnias podem ser mais afiadas que uma faca!” Devemos refletir sobre o tipo de palavras que usamos.

Com informações Vatican News.

 

 

 

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