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Papa Francisco reflete sobre a importância da Lei

O Pontífice advertiu que o ensinamento de São Paulo sobre o valor da lei “é muito importante e merece ser considerado cuidadosamente para não cairmos em equívocos nem darmos passos falsos”.

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Cidade do Vaticano (18/08/2021 11:38, Gaudium Press) Durante a audiência geral desta quarta-feira, 18 de agosto, o Papa Francisco continuou sua série de catequeses sobre a Carta aos Gálatas. Desta vez, o Pontífice focou no valor propedêutico da Lei, de acordo com o ensinamento de São Paulo Apóstolo.

Francisco iniciou a catequese indagando “qual é, segundo a Carta aos Gálatas, o papel da Lei?”. Citando um trecho da Carta aos Gálatas (Gl 3, 23-25), o Santo Padre explicou que São Paulo usa uma bonita imagem, que merece ser compreendida no seu justo significado: a Lei foi como um pedagogo.

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A função da Lei na história de Israel

Na antiguidade, a função do pedagogo não era a mesma que é atribuída em nossos dias, dar educação a um jovem. O pedagogo, naquela época, era um escravo que ficava responsável por acompanhar o filho do dono ao mestre e depois trazê-lo para casa, protegendo-o dos perigos e vigiando para que ele não se comportasse mal. Sua função era portanto disciplinar e cessava quando o rapaz se tornava adulto.

Ao utilizar esta referência, São Paulo esclarece a função da Lei na história de Israel. “A Torá tinha sido um ato de magnanimidade por parte de Deus para com o seu povo. Certamente teve funções restritivas, mas ao mesmo tempo protegeu o povo, educou-o, disciplinou-o e sustentou-o na sua fraqueza”, explicou.

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A Lei é superada quando chega a Fé

Entretanto, para o Apóstolo, apesar de ter uma função positiva, a Lei é limitada no tempo e sua duração não deve ser prolongada, pois à maturidade dos indivíduos e à sua escolha de liberdade. Quando a Fé chega, a Lei esgota o seu valor propedêutico e deve dar lugar a outra autoridade.

“Este ensinamento sobre o valor da lei é muito importante e merece ser considerado cuidadosamente para não cair em equívocos nem dar passos falsos. Far-nos-á bem perguntarmo-nos se ainda vivemos no período em que precisamos da Lei, ou se estamos bem conscientes de que recebemos a graça de nos tornarmos filhos de Deus para viver no amor”, concluiu. (EPC)

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