Papa Francisco lava e beija os pés de detentas de prisão feminina de Roma

As detentas, que tinham entre 40 e 50 anos de idade, ficaram visivelmente emocionadas e comovidas pelo gesto do Pontífice.

Foto: Vatican Media.

Roma – Itália (28/03/2024 15:26, Gaudium Press) Na tarde desta Quinta-feira Santa, 28, o Papa Francisco visitou a Penitenciária Feminina de Rebibbia, localizada em Roma. No local, que atende 360 mulheres e uma criança, o Santo Padre celebrou a Santa Missa da Ceia do Senhor, que abre o Tríduo Pascal.

Em sua homilia, o Pontífice tratou sobre a cerimônia do Lava-pés, episódio no qual Nosso Senhor Jesus Cristo se humilhou diante dos seus apóstolos, mostrando que ele veio para servir e ensinando o caminho do serviço aos seus discípulos. Francisco também tratou sobre a traição de Judas, ressaltando como o dinheiro e o egoísmo podem fazer mal.

“Jesus perdoa tudo. Jesus perdoa sempre. Só pede que nós peçamos o perdão. Peçamos hoje ao Senhor a graça de não nos cansarmos. Sempre, todos nós temos pequenos fracassos, grandes fracassos – cada um tem a sua própria história. Mas o Senhor espera sempre por nós, de braços abertos, e jamais se cansa de perdoar”, assegurou.

Logo depois, anunciou que lavaria os pés de doze detentas, repetindo o gesto de Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Santa Ceia. “É um gesto que chama a atenção para a vocação do serviço. Peçamos ao Senhor que nos faça crescer, todos nós, na vocação do serviço”. Em seguida, se dirigiu de cadeira de rodas até as detentas que já estavam devidamente posicionadas e se pôs a lavar e beijar os pés de cada uma.

As detentas estavam visivelmente emocionadas e comovidas pelo gesto do Pontífice. Elas tinham entre 40 e 50 anos e eram provenientes da Bulgária, Nigéria, Ucrânia, Rússia, Peru, Venezuela, Bósnia-Herzegovina e da própria Itália. Após o encerramento da celebração, a diretora da penitenciária agradeceu ao Papa pela visita. Francisco ganhou os seguintes presentes das detentas: um grande cesto com produtos agrícolas cultivados pelas próprias mulheres na horta dentro da prisão e um terço, feito de crochê e pérolas, produzido na oficina de colares. (EPC)