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Pandemia: podemos sair melhores dela? Como? O que diz o Papa?

A resposta cristã à pandemia e às consequentes crises socioeconômicas se baseia, antes de tudo, no amor de Deus. Assim sairemos melhores dela, disse o Papa na Audiência Geral.

A resposta cristã à pandemia e às consequentes crises socioeconômicas se baseia, antes de tudo, no amor de Deus. Assim sairemos melhores dela, disse o Papa na Audiência Geral.

Cidade do Vaticano (09/09/2020, 10:10 – Gaudium Press) Nesta quarta-feira, falando no Pátio de São Dâmaso, dentro dos muros do Vaticano, o Papa Francisco tratou do tema “Curar o mundo”. Foi a segunda Audiência Geral pública desde o início da pandemia do coronavírus.

Francisco ressaltou para os fiéis e peregrinos ali presentes que “a crise que estamos vivendo por causa da pandemia afeta a todos. Podemos sair melhores dela se todos juntos buscarmos o bem comum. Pelo contrário, sairemos piores”.

Existe uma resposta cristã para a pandemia?

Para o Papa Francisco, “a resposta cristã à pandemia e às consequentes crises socioeconômicas se baseia no amor, antes de tudo, no amor de Deus que sempre nos precede. Ele nos ama por primeiro. Ele sempre nos precede no amor e nas soluções. Ele nos ama incondicionalmente, e quando aceitamos este amor divino, podemos responder de forma semelhante”.

Segundo o Papa, deve-se amar “ a família, os meus amigos, o meu grupo, mas também aqueles que não me amam”, (…) “aqueles que me fazem sofrer ou que considero inimigos”.
Diz Francisco que “Esta é a sabedoria cristã”, o “ponto mais alto da santidade”, mas não é uma coisa fácil. É difícil, é uma arte que pode ser aprendida e melhorada. “Este amor cuida, cura e faz bem, cura”, disse Francisco.

O coronavírus é “um vírus que não conhece barreiras, fronteiras, distinções culturais nem políticas”, lembrou o Papa afirmando que ele “deve ser enfrentado com um amor sem barreiras, fronteiras nem distinções”, expressando o melhor da nossa natureza humana e não o pior, sublinhou Francisco.

A resposta cristã à pandemia e às consequentes crises socioeconômicas se baseia, antes de tudo, no amor de Deus. Assim sairemos melhores dela, disse o Papa na Audiência Geral.

Para se sair melhor da pandemia: não disseminar a marca do egoísmo

“Se as soluções para a pandemia tiverem a marca do egoísmo, quer de pessoas, empresas ou nações, talvez consigamos sair do coronavírus, mas certamente não da crise humana e social que o vírus evidenciou e acentuou”, afirmou o Pontífice, sublinhando ainda:

“Para construir uma sociedade saudável, inclusiva, justa e pacífica, devemos fazê-lo sobre a rocha do bem comum”. “E esta é a tarefa de todos”.

Francisco recordou que “Santo Tomás de Aquino disse que a promoção do bem comum é um dever de justiça que recai sobre todos os cidadãos. Todo cidadão é responsável pelo bem comum. E, para os cristãos, é também uma missão. Como ensina Santo Inácio de Loyola, orientar os nossos esforços diários para o bem comum é uma forma de receber e difundir a glória de Deus”.

A pandemia nos torna melhores se refletirmos a imagem de Deus que temos em nós

O Papa concluiu sua catequese, afirmando que “O bem comum requer a participação de todos”.
Se cada um contribuir com a sua parte, “nos nossos gestos, mesmo os mais humildes, algo da imagem de Deus que levamos dentro de nós se tornará visível”. (JSG)

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