Paira uma maldição sobre os Jogos Olímpicos de Paris?

Nadadores intoxicados nas águas do Sena, atletas que preferem pagar acomodações em hotéis, ou até mesmo dormir em parques, a ficar na Vila Olímpica… Muitos afirmam que a organização acumula uma série de falhas sem precedentes na história dos Jogos Olímpicos.

Redação (09/08/2024 10:16, Gaudium Press) A blasfema cerimônia de abertura das Olimpíadas em Paris trouxe maldição para todo o curso dos eventos esportivos? Muitas pessoas estão levantando essa questão e compartilhando suas opiniões nas redes sociais.

O governo francês tem sido alvo de críticas vindas de todo mundo devido à controversa cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos e às recentes medidas tomadas, em contraste com os princípios de liberdade, como a detenção de jornalistas espanhóis por várias horas e a expulsão de um ônibus da plataforma Citizen Go, com a frase “Parem os ataques aos cristãos”.

O estilo woke não foi apenas o da inauguração, mas diversos elementos da organização procuraram refleti-lo, na tentativa de tornar os Jogos Olímpicos nos “mais ecológicos da história” ou “mais verdes de todos os tempos”, nas palavras dos próprios organizadores.

No entanto, de acordo com La Nuova Bussola Quotidiana, há relatos de problemas na organização do evento, muitas vezes descrito como um grande experimento social, e também em sustentabilidade e legado.

“A vila olímpica de Paris 2024 é inabitável e há cada vez mais atletas que protestam ou saem de lá”, diz Stegano Magni na NBC.

Circularam fotos do nadador Thomas Ceccon, campeão olímpico italiano, dormindo no gramado de um parque, porque não consegue dormir no quarto. “Come-se mal, é quente e não há ar condicionado”, comentou ele sobre sua hospedagem e como justificativa para preferir o ar livre. “Muitos atletas se mudam e vão embora”, insistiu.

Outro nadador, Gregorio Paltrinieri, também italiano e campeão mundial, é ainda mais direto: “A Vila Olímpica? Já estive em quatro Jogos, e este é definitivamente o pior. É quase impossível pegar no sono antes das duas da manhã no meu quarto, pois o calor é insuportável. Aqui somos os protagonistas, e é impensável não ter ar condicionado nos quartos”, frisa.

Menos ‘emissão de carbono’ à custa de menos sono para os atletas… Talvez teria sido melhor organizar uma expedição na selva do que um evento esportivo. Enfim, a natureza é natureza, incluindo a natureza humana, e, por mais difícil que seja admitir, como disse um representante à NBC, é uma pena que “todos estão fugindo da cidade ideal dos ecologistas ou permanece-se lá para obter bens de conforto e comida do mundo exterior”.

Outras reclamações são em relação à comida na Vila Olímpica, preferencialmente vegetariana (considerando que a criação de gado tem impacto na emissão de carbono). Com efeito, parece que os serviços de fast food também estão fazendo fortuna, devido à elevada procura de atletas que, cansados de uma alimentação à base de saladas, compram furtivamente hambúrgueres…

A delegação inglesa chegou a reclamar da falta de proteínas. No final, eles decidiram trazer um chef britânico que, embora não seja o mais renomado, é uma boa alternativa quando se está em desespero.

O aumento nas vendas de unidades de ar condicionado é compreensível, com 2,5 mil unidades adquiridas por atletas e suas equipes.

A aquisição de ônibus para deslocamentos não foi tão simples, resultando em reclamações constantes devido à pequena frota de 55 ônibus elétricos para atender a todos.

As delegações de basquete da Grécia, Canadá, Sérvia e França optaram por ficar hospedadas em hotéis não tão ecológicos. O triatleta Michel foi hospitalizado depois de provar a água supostamente ecológica do Sena…

Em suma, muitos estão expressando sua insatisfação, e as más línguas dizem que o problema não é apenas o radical regime green,  mas que algo semelhante a uma ‘maldição’ paira no ar…