Os monges cistercienses e os enigmáticos números
Das mãos de um autêntico religioso emanam não só o alimento espiritual, mas também uma forma de organizar a vida temporal de acordo com critérios sábios e eficazes.
Redação (10/02/2021 09:50, Gaudium Press) No silêncio e na simplicidade da vida religiosa, há tempo de oração, mas também de trabalho e estudo. De fato, ora et labora, ou seja, a oração e o trabalho são as duas colunas nas quais se baseiam os monges. Tendo em vista que tudo deve concorrer para a maior glória de Deus, vários foram os religiosos que contribuíram para a ciência, literatura, culinária e até mesmo para a matemática.
Como por exemplo, os monges cistercienses que no século XIII criaram uma notação numérica que, devido à simplicidade de representar qualquer número de 1 a 9999 com apenas um símbolo, foi amplamente utilizada pelos mosteiros da Europa até o século XV.
O sistema era baseado em linhas verticais com traços anexados à parte superior, média, ou inferior para expressar seu valor.
Segundo David A. King, em seu livro The Ciphers of the Monks, esse sistema numérico surgiu concomitantemente com os números indo-arábicos (0, 1, 2, etc) que, naquela época, eram uma alternativa para os números romanos muito extensos e que não serviam para as operações matemáticas.
No entanto, esses algarismos cistercienses foram apenas usados para fins bibliográficos e marcação, por exemplo, como medidores na produção de vinho.
Com efeito, esses algarismos foram encontrados em um astrolábio medieval, provavelmente do século 14, que chegou à famosa casa de leilões Christie’s de Londres.
Vejamos alguns exemplos destes números.
Esse sistema de números inspirou várias formas de escrita rápida e códigos secretos.
Interessante notar que, escutando apenas a voz de Deus no silêncio e no isolamento, o homem, usando de sua inteligência, dada pelo Criador, é capaz de criar e aprimorar novas ideias que contribuem para o desenvolvimento da humanidade.
Com informações da BBC.
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