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Os cristãos são chamados a testemunhar a “experiência da beleza de Deus”, diz Papa Francisco

O tema do Meeting de Rimini 2020 –‘Privados de Maravilha, permanecemos surdos ao sublime’ – lança “um desafio decisivo aos cristãos”, adverte o Papa Francisco.

O tema do Meeting de Rimini 2020 –‘Privados de Maravilha, permanecemos surdos ao sublime’ – lança “um desafio decisivo aos cristãos”, adverte o Papa Francisco.

Cidade do Vaticano (18/08/2020, 14:00, Gaudium Press) O Papa Francisco convidou os participantes do ‘Meeting de Rimini’ (Itália) a “colaborar” no “testemunho da experiência da beleza de Deus”, numa mensagem ao Encontro organizado pelo movimento ‘Comunhão e Libertação’ que começa nesta terça-feira, dia 18, e termina a 23 de agosto.

Os cristãos são “chamados a testemunhar a atração profunda que a fé exerce em virtude da sua beleza”

Na mensagem enviada ao bispo de Rimini, D. Francesco Lambiasi, através do secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, pode-se ler: “O Papa convida-vos a continuar a colaborar com ele no testemunho da experiência da beleza de Deus, que se fez carne, de maneira que os nossos olhos se maravilham ao ver o seu rosto e os nossos olhares encontram nele a maravilha de viver”.

No documento divulgado pela Sala Stampa da Santa Sé, o Papa Francisco afirma que o tema do ‘Meeting de Rimini’ 2020 – ‘Privados de maravilha, permanecemos surdos ao sublime’ – lança “um desafio decisivo aos cristãos” que são “chamados a testemunhar a atração profunda que a fé exerce em virtude da sua beleza”: “A atração de Jesus”.

O tema do Meeting de Rimini 2020 –‘Privados de Maravilha, permanecemos surdos ao sublime’ – lança “um desafio decisivo aos cristãos”, adverte o Papa Francisco.

Na procura dos bens mais que do bem, muitos confiaram exclusivamente na própria força

Para o Papa Francisco, “O título oferece uma contribuição preciosa e original num momento vertiginoso da história. Na procura dos bens mais que do bem, muitos apostaram exclusivamente na própria força, na capacidade de produzir e ganhar, renunciando àquela atitude que na criança constitui o tecido do olhar sobre a realidade: o espanto”.

A mensagem ao ‘Meeting de Rimini’ começa por perguntar quem é que “não se encontrou unido a outros pela dramática experiência da pandemia? ”

Para Francisco, “a tempestade desmascara nossa vulnerabilidade e deixa descobertas aquelas certezas falsas e supérfluas com as quais construímos nossas agendas, nossos projetos, nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecidos e abandonados aquilo que alimenta, sustenta e fortalece a nossa vida. ”

Vivemos a dimensão do espanto concretizado na compaixão diante da precariedade da existência

O documento assinado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, salienta que nos últimos meses temos vivido a “dimensão do espanto que se concretiza na compaixão diante do sofrimento, da fragilidade, da precariedade da existência”.

Referindo-se ao tema do Encontro Rimini que se inicia hoje, Francisco desenvolve seu pensamento: ele “constitui um poderoso apelo a descer às profundezas do coração humano através da corda do espanto.

Como não experimentar uma original sensação de deslumbramento diante do espetáculo de uma paisagem de montanha, ou de ouvir uma música que faz vibrar a alma, ou simplesmente diante da existência de quem nos ama e do dom da criação?

O espanto é verdadeiramente a forma de apreender os sinais do sublime, isto é, daquele Mistério que constitui a raiz e o fundamento de todas as coisas”, desenvolveu, alertando que se este “olhar não for cultivado” as pessoas ficam cegas “para a existência”, fechadas em si, “atraídos pelo efémero” e deixam de “questionar a realidade”. (JSG)

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